foto: dollar photo club
Jesus,
o Redentor
A mediunidade é a tribuna venturosa de onde o mundo
espiritual proclama a continuidade da vida.
E é por ela que os espíritos comprometidos com a reforma
do mundo vem cantar a nova aurora.
São chegados os tempos da grande libertação, que não se
dará com a alforria dos corpos, mas com o fim da escravidão das mentes.
Desde muitos séculos o egoísmo é o Senhor Escravocrata
que ainda domina o pensamento humano.
As religiões que dominam o cenário planetário seguem
proclamando a barganha material pelas conquistas espirituais.
Esquecidas de que, Jesus pede-nos a edificação do reino
dos céus na intimidade do ser.
Nos tempos atuais, as correntes do ego aprisionam a
grande multidão de alienados dos valores da alma na senzala do consumismo desenfreado.
Embora a noite se adense, o Espiritismo está no mundo
como archote bendito para guiar o homem pela senda da libertação.
Jesus trouxe-nos a senha, a lei áurea, o código da nossa
alforria:
Amai-vos uns aos
outros, como eu vos amei
O homem moderno
se escraviza voluntariamente ao tronco das paixões torturantes, ao sexo
desvairado, a vida niilista.
Não obstante seja essa a realidade, o Espiritismo quebrou
os grilhões da ignorância ofertando a todos os corações de boa vontade o
caminho libertador, a porta estreita a que se referiu Jesus.
O Consolador prometido veio escancarar as portas da
senzala para libertar a todos, todavia, o fim da escravidão se dá no esforço
individual da autoiluminação.
O fim das teologias escravocratas, aquelas que inibem o
pensamento humano está próximo.
O amor e a caridade devem reger essas transformações.
O coração do homem é a grande lavoura, onde Jesus, o
Redentor, aguarda para o plantio do bem e da paz.
A chibata da dor cumpre seu papel de despertador das consciências,
mas a aurora da liberdade irá raiar para os que compreenderem a urgência do
trabalho em si mesmos.
Embora as portas da senzala estejam escancaradas, grande
parte da mole humana se mantém voluntariamente encarcerada no tronco dos
desejos vis.
Hoje a mediunidade é a tribuna pela qual me manifesto com
a mesma veemência e sonho de liberdade que sempre acalentou minha alma.
Hoje me valho dos recursos psíquicos do médium para
grafar essas palavras, não como espírito redimido, mas como mais um aprendiz,
que desperta de um longo período de escravidão.
Jesus é o Redentor, Allan Kardec o agente da libertação
das consciências.
Com o coração jubiloso e feliz pela oportunidade de
trabalho que nos chega, posso respeitosamente parafrasear a passagem de Jesus,
quando da cura de alguns corpos, mas como mensagem para cura e libertação do
espírito.
Em algumas ocasiões, Jesus indagava, narram os
evangelistas:
─ Tu crês que eu te
posso curar?
Com o advento do
Espiritismo Jesus vem nos indagar:
─ Tu crês, que eu
te posso libertar?
Sim! Ele pode
nos libertar, mas a libertação se dá pelo trabalho incessante, pela vitória
sobre si mesmo.
As correntes que nos aguilhoam a alma estão dentro de
nós, são pesadas e densas, mas “o amor cobre a multidão de pecados” (Jesus), e esse mesmo amor nos liberta
do mais terrível escravagista, o orgulho.
Jesus nos acena com a era da liberdade, os novos tempos,
onde o pensamento, vinculado ao amor e ao trabalho construirão o mundo
regenerado.
Subo e subirei repetidas vezes no púlpito mediúnico para
gritar com toda força do meu coração:
Jesus é o Redentor
e o Evangelho a lei áurea para nossas vidas.
José do
Patrocínio
Verão 2016
Médium Adeilson Salles