sexta-feira, 29 de julho de 2016

RENASCIMENTO DO FRANCISCANISMO - DIVALDO FRANCO


RENASCIMENTO DO FRANCISCANISMO
Artigo de Divaldo Franco publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 28-07-2016
Quando a Idade Média afogava-se na ignorância e o mundo em sombras dependia totalmente dos impositivos da fé religiosa, governava a Igreja o papa Inocêncio III. 

Considerado o homem mais poderoso do mundo, nomeava imperadores e reis, despojava-os do trono, condenava à morte e ao exílio as criaturas ou as libertava, promovia guerras e estabelecia paz, vivendo sob a pompa quase ultrajante ao Evangelho, na sede do seu império. 

O mundo era um oceano de superstições e de medos. Os séculos XII e XIII estertoravam, enquanto os aquinhoados pelo poder de qualquer natureza desfrutavam do prazer e da insensatez. Foi nesse momento que surgiu a figura apostolar de Francesco Bernardone, que se tornaria o grande Trovador de Deus.
Após encontrar Jesus, despiu-se de tudo que era exterior, superou o ego e, apaixonado pelo Carpinteiro galileu, mudou a história da humanidade. A partir dele a ecologia nasceu, a literatura adquiriu brilho e o amor resplandeceu como jamais dantes em incontáveis corações. Seus poemas e cânticos deram início à futura Renascença e o seu vulto derramou luz mirífica sobre a sociedade do seu e de todos os tempos futuros. 

Em Quito, a bela capital do Equador, onde estive há apenas dois dias, visitei a igreja e o museu que lhe guardam a memória da existência e o monastério que lhe evoca os passos, em incomparável trabalho em talha de madeira pintada com ouro pela notável Escola quitenha.
Revivi os inolvidáveis dias da jornada franciscana que contribuiu significativamente para a vivência do Evangelho de Jesus. Renúncia, solidariedade, compreensão e amor espraiaram-se pela Terra desde então, e mesmo aqueles que se dizem ateus, agnósticos ou materialista amam Francisco, tocados por significativa ternura. 

Na atualidade científica e tecnológica, rica de sofrimentos e de desencantos, graças ao Papa Francisco, que é jesuíta vivendo a conduta franciscana, ocorre o renascimento do Pobrezinho de Deus, convidando-nos à reflexão e à solidariedade.
DIVALDO PEREIRA FRANCO
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sábado, 16 de julho de 2016

A DROGA DA IGNORÂNCIA



A DROGA DA IGNORÂNCIA

O flagelo das drogas segue matando sonhos, sequestrando vidas, ceifando famílias.

A cada dia, mais e mais jovens, são expulsos da vida física pelas portas do suicídio, voluntário e involuntário, tendo nas drogas a catapulta mortal.

Em vão, medidas paliativas são tomadas e centenas de jovens adentram o mundo sombrio das drogas, por não conseguirem lidar com as frustrações que a vida em um planeta de provas e expiações oferece.

Alienados das verdades espirituais, e do real sentido da vida, milhares de garotos e garotas, vivem como zumbis, alimentando-se de alucinógenos de todo jaez.

Tentam a fuga da realidade, da falta de sentido, que a vida sem referências positivas e edificantes poderia lhes oferecer.

Pais ocupados, filhos abandonados!

Não obstante, seja essa a cruel realidade, podemos afirmar com sobejas razões, que grande parte da humanidade se encontra em estado letárgico devido a acomodação e uso de um outro tipo de droga, que gera todos os malefícios experimentados pela sociedade.

A droga a que me refiro vem causando tragédias em toda a história da humanidade, me refiro à “droga da ignorância”.

A ignorância a respeito da vida e de seu sentido verdadeiro.

A ignorância sobre a morte e a continuidade da vida, o desconhecimento, ou o desprezo, pelas leis naturais criadas por Deus.

Tudo isso gera um estado de alucinação, pois o egoísmo e a vaidade atuam como poderosos alucinógenos da alma roubando a lucidez.

A droga da ignorância, que está inoculada no coração da criatura humana promove as guerras de extermínio, o preconceito de variados matizes, e tantos outros males.

Apenas a educação proposta por Jesus, e revivida pelo Espiritismo, pode livrar o homem do estado letárgico em que se compraz.

A lei de causa e efeito, que rege todas as nossas ações nos dois planos da vida é recurso educativo, todavia, a educação espiritualizante é que pode libertar o espírito do processo de dependência egóica em que ele se enclausura.

Jesus, o Divino amigo de todos nós, ao propor a prática do amor ao próximo sabia, que o processo de libertação da droga da ignorância pode se dar pelo esforço em amar o semelhante.

A caridade, ensinada por Paulo, que é a bandeira do Consolador prometido, também é processo profilático contra a drogadição egoística. 

É necessário erguer a candeia do Espiritismo para que as trevas da ignorância sejam dissipadas.

Para aqueles, que pela ignorância, enveredaram para a dependência química é necessário a ajuda profissional adequada, para lidar com a drogadição.

Não nos esquecendo que a família do dependente também necessita de ajuda especializada.

A droga da ignorância só pode ser erradicada pela educação que contemple o ser integral.

Os grandes déspotas da humanidade tinham a grave característica de serem profundamente viciados na droga da ignorância.

Jesus era chamado de Mestre, porque lecionou o amor por seu evangelho, e todo aquele que o segue, liberta-se do vício terrível que a o alucinógeno da ignorância leva a efeito em todos os corações e mentes viciosos.

Parafraseando o Divino Amigo, que asseverava que ninguém chegaria ao Pai a não ser por Ele, podemos afirmar com convicção: “Ninguém fica limpo da alucinação que a ilusão material oferece, sem educar-se espiritualmente”
           

Espírito Ivan de Albuquerque pelo 
médium Adeilson Salles


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