terça-feira, 29 de novembro de 2016

DIVALDO FRANCO RESPONDE SOBRE MORTES COLETIVAS






No livro Divaldo Franco responde Vol.1, editado pela Intelítera Editora (www.intelitera.com.br), tem um capítulo, em que o médium e orador Divaldo Franco responde sobre mortes coletivas, na visão espírita. Na ocasião havia ocorrido o grave acidente da TAM que se chocou com um prédio próximo ao aeroporto de Congonhas, em 17 de julho de 2007.

Reproduzimos aqui algumas das respostas de Divaldo Franco, em função do grave acidente aéreo com a equipe de futebol do Chapecoense,  que chocou o Brasil.


PROPÓSITO DE DEUS NAS MORTES COLETIVAS
1)   Periodicamente a humanidade é surpreendida com acontecimentos que causam a morte de muitas pessoas, algumas decorrem de eventos da natureza como tsunamis, terremotos ou desabamento de terra, outras já decorrem da ação do homem, como o acidente de avião. Recentemente, nós tivemos, em São Paulo, um acidente muito grave em que um avião da TAM se chocou com um prédio. Qual o propósito da divindade nessas mortes coletivas?
O egrégio codificador da doutrina espírita Allan Kardec, em o Livro dos Espíritos, na sua terceira parte, a lei de destruição, faz uma análise dessas tragédias coletivas e interroga aos benfeitores da humanidade o que pretende a divindade com essas desencarnações coletivas? E para surpresa de Allan Kardec e de nós outros, os benfeitores disseram que era para fazer a sociedade progredir. O comentário é vasto e nessa mesma questão o codificador pergunta, não teria a divindade outros recursos para promover o progresso dessas pessoas? Os espíritos informaram que sim, e isto acontece através de fenômenos naturais, como epidemias, insucessos de vária ordem, fenômenos sísmicos e outros. Então, Allan Kardec volve à questão, indagando que, se num caso desses, muitos inocentes não seriam vítimas dos infelizes acontecimentos? Os benfeitores espirituais assinalam que não, porque dentro do código das soberanas leis, somente nos acontece aquilo de que temos necessidade para evoluir. A Lei de causa e efeito estabelece os parâmetros não somente dos resgates coletivos como também das técnicas que induzem os indivíduos a esses resgates calamitosos.
Observamos, por exemplo, que nos acidentes aéreos, pessoas chegam num momento e resolvem mudar a viagem, desenvolvendo um esforço tremendo, enquanto outros lutam para poderem ser incluídos naquele vôo e como resultado padecem essas consequências que estão dentro da sua programação evolutiva. É sempre providencial, portanto, que se mantenha confiança em Deus, quando acontece algo lamentável e doloroso, como este que estamos examinando, especialmente os familiares que ficam embrulhados nos mantos sombrios da saudade e talvez também para alguns desencarnados, porque surpreendidos de maneira inesperada experimentam grande choque ao despertar no além, considerando que todas essas ocorrências estão dentro dos códigos da Soberana Justiça.

MENSAGEM PARA OS FAMILIARES
10) Não temos como mensurar a dor dos familiares, daquelas pessoas que tiveram parentes que desencarnaram nessas tragédias. O que poderia dizer para confortá-las?
Sigmund Freud, o notável pai da psicanálise, escreveu que a morte é uma dilaceração dos sentimentos e o espírito Joanna de Ângelis diz-me que, quando a morte arrebata um ser querido, leva também metade daquele que ficou na retaguarda. Muitas vezes, o desencarnado recupera-se com relativa facilidade, mas aquele que ficou com a existência ceifada pela sua ausência experimenta uma dor inominável. 
Eu lhes diria que se recordassem de Jesus descido da Cruz e a dor de Maria contemplando o filho inerme, mas logo depois se recordem de que três dias transcorridos veio a ressurreição. Os nossos mortos vivem. A saudade do corpo, da convivência, será longa, mas passados esses dias de impacto pior, penso, a dor será mais profunda, porque será aquele espinho cravado na saudade, no sentimento. Então, eu diria como um psiquiatra materialista informou-me oportunamente. Disse-me ele: - Eu não creio na imortalidade, da alma. Quando um paciente vem ao meu consultório e fala da perda de alguém pela morte, eu lhe pergunto  quanto tempo viveu com o ser querido? E ele me responde: - X anos. – Então recorde-se – digo-lhe, por minha vez – desse largo período de convivência com ele e não lamente a interrupção, evoque as horas felizes e olvide por momento a hora da tragédia. 
Desse modo, direi a esses pais, a esses filhos, a esses afetos, a todos aqueles que estão vinculados aos que viajaram para o Grande Lar, que logo mais, no momento adequado, quando o fenômeno biológico de cada um de nós interromper-se através da morte, haverá o reencontro. Que se programem para esse momento feliz, evocando as horas vividas junto, fazendo todo o bem possível em memória deles, ao invés de os evocar no momento trágico da desesperação, recordando-se , isto sim, da convivência ditosa que foi mantida.

VOCÊ AINDA ENCONTRARÁ NESTE LIVRO RESPOSTAS COMO:



CORRELAÇÃO COM AS REENCARNAÇÕES ANTERIORES
    Então, podemos dizer que existe uma correlação desses acidentes com as reencarnações anteriores das vítimas?
FAMILIARES E A LEI DE CAUSA E EFEITO
      E os familiares, eles se vêem repentinamente afastados daqueles entes queridos. Eles também estão vinculados às leis de causa e efeito?
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 VÍTIMAS DE VÁRIAS IDADES
  Nesses acidentes, temos vítimas que têm idade mínima e outras que já estão com a idade avançada. Também, nesses casos, existe a lei da causa e efeito?
PREPARATIVOS PELA ESPIRITUALIDADE SUPERIOR
    Aprendemos que, para a espiritualidade superior, não existe improviso. Como é o atendimento, como é o preparativo dessa espiritualidade superior no caso desses eventos. Anteriormente e também depois que ocorre, tanto para os desencarnados como para os que ficam?
ATENDIMENTO NO PLANO ESPIRITUAL
  Como essas mortes são coletivas o atendimento no plano espiritual também é coletivo?
CONDIÇÃO DE CHEGADA NO PLANO ESPIRITUAL
   Todos chegam na mesma condição no plano espiritual?
DOR NA HORA DA MORTE
Essa resposta que você nos deu, remete-nos à dor na hora da desencarnação. Cada um vai ter a desencarnação de acordo com a sua evolução?
FORMAÇÃO DO GRUPO QUE IRÁ MORRER
    Há narração de pessoas que não estavam presentes no momento do acidente e deveriam estar lá, enquanto outras que não deveriam estar, lá se encontravam e acabaram desencarnando. Temos exemplos de pessoas que acabaram fazendo horas extras naquele dia e desencarnaram. Não existe coincidência neste caso?
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terça-feira, 15 de novembro de 2016

MEU AMIGO OBSESSOR - DANIELA MIGLIARI


- MEU AMIGO OBSESSOR --
(Tempo de leitura: 2 minutos e 10 segundos)

Logo que adentramos nos domínios do espiritismo, rapidamente nos deparamos com a temida figura do obsessor. Aprendemos, o quanto antes, que estes são irmãos que atuam sobre nosso psiquismo, à revelia de nossa vontade, mediante convites feitos por nós mesmos. Somos os anfitriões da festa em que eles tocam suas músicas. Mesmo diante da colocação de que somos sempre co-responsáveis por nossa sintonia, seguimos temendo-o, fugindo, evitando e encaminhando esse irmão para a luz o mais rápido possível.

Conforme vamos avançando nas literaturas da doutrina, histórias luminares apresentam, exemplo após exemplo, imagens tão próximas e humanas desses irmãos que, aos poucos, vamos sentindo nosso coração reconhecer neles o amigo magoado de outrora. Aquele de quem sentimos uma desconhecida saudade, a perda que nunca superamos, mesmo diante de séculos de distanciamento.

Uma insuspeita ternura invade o coração, e aquele temor antigo não se faz mais presente quando nos damos conta de suas presenças. A vontade impaciente de encaminhá-los para tratamento espiritual parece respirar mais devagar. É aí que flores luminosas começam a desabrochar em nossos corações. Florescem em pétalas de compreensão e de um olhar compassivo diante de resmungos, ameaças, xingamentos, choros convulsivos ou, mesmo, um rosnar inesperado.

Enquanto encarnados, perdemos a noção do obsessor que existe em nós. Em grandes porções ou em partes ínfimas, essa manifestação certamente repousa nos cantos escuros de nossa consciência. 

Na caminhada da individuação do princípio inteligente, precisamos todos passar pelos inevitáveis arcabouços do egoísmo. Egoísmo este que não nasce do mal em si, mas das necessidades instintivas que guardamos dos nossos estágios evolutivos anteriores. De maneira natural e necessária, precisamos conservar parte da porção animal ainda presente em nosso ser. Nos despojando aos poucos dos instintos, vamos galgando o sonho de, quem sabe um dia, sermos realmente humanos.

Todos já passamos por essas trilhas. Quase todos ainda seguem por elas. Somos feitos dessa mesma substância: viver, experienciar, errar, aprender, ensinar.

Que o Senhor Deus, por meio da prática bendita da mediunidade, siga nos oportunizando esse aprendizado no contato com lindas histórias de perdão, de cura, de redenção. Que diante de nossos amigos obsessores, sejamos o colo que acolhe, o olhar que respeita, a palavra que acalma, a oração que eleva, a presença que aceita e sabe esperar.

Sejamos a fé que reside na absoluta certeza de que existe uma Ordem e uma Sabedoria maior, que a tudo rege e cuida com infinita misericórdia. Segundo Ela, todos iremos florescer, cada um a seu tempo, unidos e entrelaçados pelas teias da irmandade. Movidos pelos nossos corações – magnetos invariavelmente atraídos pela luz – haveremos de ser espelhos incontestes de nosso Pai.

Meu irmão, meu velho amigo obsessor: que eu saiba te esperar com paciência, amor e companheirismo – os mesmos sentimentos que tantos outros irmãos nutriram enquanto esperavam por mim um dia, ou ainda esperam até hoje...

Assim seja!


(Daniela Migliari -)

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

CLARAMENTE VIVOS - JOSÉ CARLOS DE LUCCA


CLARAMENTE VIVOS

Não olvides que além da morte continua vivendo e lutando o espírito amado que partiu. Tuas lágrimas são gotas de fel em sua taça de esperança. Tuas aflições são espinhos a se lhe implantarem no coração.
Emmanuel


A morte é apenas uma passagem para a vida no mais além. A morte não é o fim, é apenas um portal que leva o espírito para outras dimensões do universo. Impossível que a pessoa que você tanto amou nesta vida esteja morta! Ela continua viva, apenas habita o mundo dos espíritos, de onde viemos e para onde regressaremos.

Deus, que é amor e que nos criou por amor e para o amor, não teria o capricho de pedir que as pessoas se amassem para, depois, sarcasticamente, fazê-las desaparecer para sempre, para o nada, como se nunca tivessem existido. Eu não creio nesse deus desumano e cruel! Creio no Deus que nos ensinou a amar de forma tão grandiosa, que esse amor se tornasse eterno, que superasse as barreiras do tempo, lugar, forma, e durasse pelo infinito.

Por isso, além da morte física, nossos amores continuam vivos, habitando uma das infinitas moradas existentes na casa do Pai, conforme afirmou Jesus. Eles nos sentem, porque os laços de afeto que construímos não se rompem com a morte do corpo. O amor é mais forte do que a morte! Não os tratemos como mortos, como se não participassem mais da nossa vida. Eles nos percebem, nos acompanham, torcem pelo nosso sucesso, oram por nós e precisam também do nosso ânimo, do nosso riso, das nossas conversas e das nossas preces.

Podemos chorar de saudade – eles vão se emocionar. Mas não choremos o desespero – eles vão sofrer. Podemos até nos entristecer por não os vermos ao nosso lado – eles entenderão. Mas não façamos da nossa vida uma tristeza contínua. Eles ficarão mais tristes ainda!

Mesmo com a saudade e o leve aperto no coração, prossigamos a nossa vida, cumprindo as nossas tarefas e obrigações, pois o mais leve sinal de que perdemos o rumo da nossa existência pela falta que eles nos fazem representará para eles um fardo a mais de angústia e sofrimento. Se os amamos de fato, não temos o direito de afligi-los e perturbá-los na vida que também segue para eles, porque, em síntese, a morte é a grande mensageira da renovação para todos nós.

E, se perceberem, também, que o tempo que teríamos ao lado deles foi transformado em dedicação aos que mais sofrem, uma ponte de luz se estabelecerá entre nós e eles, pois sentirão que o amor que nos uniu um dia, hoje, está alimentando outras vidas. Muitos jovens que desencarnam somente encontram paz no mundo espiritual quando veem os pais destinando o tempo que teriam ao lado deles no auxílio a jovens ou crianças que, aqui na Terra, se encontram em situação de carência e abandono.

Quando a saudade se veste de caridade, o amor cura a angústia da separação, seja para nós que ficamos, seja para os que partiram. O grão tem que morrer para germinar e dar novos frutos. Eis o ciclo da vida: o grão que morre e se transforma em pão para saciar a fome de muitos.


José Carlos De Lucca 
do livro Pensamentos que Ajudam

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