sexta-feira, 4 de agosto de 2017

UMA MISSÃO DE FÉ - DIVALDO FRANCO EM PORTUGAL


Divaldo Franco - Faro/Portugal 28 e 29 julho 2017
Divaldo começa o seu seminario agradecendo a Caminus Duo – Joana Vieira & Mikhail Shumov pela magistral interpretação de várias peças musicais, que sensibilizaram o público. A música é a língua com a qual Deus se comunica conosco.
Começa falando de um grande depressivo crônico, piloto, que realizou o primeiro vôo França - Dakar para levar correspondência e que também iniciou os vôos entre Buenos Aires e Ushuaia, a cidade mais meridional de Argentina, com uma vida cheia de aventuras e cuja maior obra alcançou um grande êxito, falamos de Antoine de Saint-Exupéry.
O Pequeno Príncipe é uma obra que comove os corações de crianças e adultos.
Infelizmente Antoine não creia em Deus até que um fato ocorrido na sua vida vai mudar este conceito para sempre.
Seu avião é derrubado e diante da preocupação daquele momento, se pergunta: Haverá um Deus? Seria tudo uma fantasia religiosa? Observando como se alimentavam uns ratos do deserto, chegou à conclusião de que vale a pena lutar por viver.
Entre ele e o seu mecánico, que viajava com ele conseguem reparar o avião e chegar à Paris.
Ao regressar se torna idealista.
Logo depois em Espanha eclode a guerra civil y Antoine se apresenta como voluntario, assim como muitos otros para combater.
Durante os combates seu avião foi derrubado e ele capturado.
Foi considerado inimigo de guerra, condenado à muerte e encerrado em uma hedionda fortaleza próxima à fronteira francesa, à espera de sua execução.
Durante a sua estadia compreende o sentido da vida, seu significado e o fácil que é perdê-la. Recém casado e pai de uma criança, começa a questionar a sua existência neste planeta.
Fumador compulsivo, se encontra em uma cela sem nada que o relaxe.
O traje de presidiário que lhe deram, ainda está con los buracos de bala do seu anterior dono, buscando nos bolsos Antoine encontra uma guimba e a leva à boca.
Por um segundo mata sua ansiedade, porém um cigarro apagado não é suficiente, através de sinais tenta que o guarda lhe dê fogo, mas este desconfiado, não lhe presta atenção.
O guarda, ao final, sentindo pena, se aproxima cuidadosamente e lhe acende o cigarro.
O prisioneiro emocionado pelo gesto e como agradecimento olha o seu guardião e sorri longamente e o soldado lhe devolve o sorriso. Ele continua fumando e sorrindo até terminar a última tragada e com um gesto agradece ao guarda.
O soldado espanhol, comovido ante os gestos de Antoine lhe abre a porta e lhe pede que se vaia.
Ele crê que o guarda tentará matá-lo quando se vire de costas e decide sair encarando o seu libertador, até que a uma distância prudencial já não pode resistir-se mais e começa a correr em direção à França, onde chega ao amanhecer do dia seguinte.
No seu relato, recorda o monólogo que fez quando sorriu ao soldado, onde lhe falava de sua morte, de sua família, de tudo que para ele era importante e ia perder.
Parece que as palavras, que eram proferidas no seu idioma natal, o francês, conseguiram abrandar o coração do soldado, que não falava o seu idioma, mas que com certeza, a emoção lhe tocou o coração.
Uma semana depois, em Paris, com seu filho e sua esposa, narra a história de um sorriso e diz:
- Se a humanidade sorrisse um pouco mais seria melhor. Se mudássemos nossos gestos de desagrado por sorrisos haveria felicidade no mundo.
Ao analizar a história de Antoine Saint- Exupéry, Divaldo recorda uma citação de Aristóteles:
“Quando duas pessoas se amam, são uma só alma em dois corpos.” (Metaforicamente falando)
A humanidade se divide em extrovertidos e introvertidos. Os indivíduos introvertidos chegaram à fase adulta sem liberar-se das amarguras infantis, são crianças feridas.
O conhecimento espírita é o veículo mais nobre para a extroversão, porque o conhecimiento de Jesus e seus ensinamentos nos libera das amarguras e nos fala de esperança e também através dos ensinamentos dos imortais que nos dizem: - A vida continua.
Divaldo narra depois a história do colar de diamantes, quando uma dama rica, o empresta a uma amiga para um baile de gala e esta o perde. Ao perceber que não podia devolvê-lo, encomenda um igual, de acordo com suas lembranças do colar, o que faz com que eles se endividem. No final o devolve, porém a dívida é demasiado importante e leva a ela e a seu marido à falência, até o ponto em que ele agoniado falece e ela se vê obrigada a viver do que encontra na rua.
Um dia quando revira o lixo, seus olhos avistam uma dama que descia por uma escada.
A dama era aquela sua amiga e levava o colar. A mulher o olha fixamente e a dama reconhece a sua amiga, se aproxima e lhe pergunta pela sua atual situacão. O que ocorreu? E ela apontando para o colar lhe explica sua desgraça. A amiga a fita e lhe diz:
- Por que você no me contou, te disse que te emprestava porque tinha muitas jóias, que não te preocupasses. O colar que te emprestei só custava 50 francos, era uma imitação, minha querida amiga.
Aplicando-o a nossa vida, isso quer dizer que nos endividamos por colares falsos. Confundimos a felicidade com TER. Nossas jóias deveriam ser a amizade, a caridade, a fraternidade, etc...
Recorda Divaldo como em uma ocasião Ghandi ria em frente de uma joyería e quando lhe indagaram o motivo da sua alegria respondeu:
- Estou feliz de ver tantas cosas que não necessito.
Ato seguido narra como em uma ocasião estando inconsciente, por uns problemas cardíacos, visualiza a figura de Jesus e o mar de Galiléia. Recordando a felicidade desse momento e demonstrando que SIM se pode ser feliz, ainda que seja por um instante.
Na segunda parte do seminario Divaldo inicia contando uma história comovedora. La história do Dr. Tadeo Merlin, que sendo um defensor da eutanásia, deixou viver um menino aleijado, que anos mais tarde irá salvar a vida da sua neta. O doutor Tadeo Merlin no final da história diz a si mesmo, quão cego estava, hoje compreendo que é melhor melhor ser aleijado que ser cego como eu.
Também contou a história acontecida há poucos días, quando em uma palestra, fez alusão a Chico Xavier, falando da sua bondade e comparando-o com a figura de Francisco de Assis. No dia seguinte a mídia publicava: “Divaldo Franco diz que Chico Xavier foi Francisco de Assis.”
Ao passar os dias e não dizer nada sobre a noticia, alguns amigos lhe comentaram a necesidade de desmentir a noticia, ao que Divaldo contestou:
- Não posso desmentir algo que eu não disse.
Com um grande sorriso e sem demonstrar no semblante o trancurso de mais de três horas de seminario, Di se despede com a oração da gratitude de Amélia Rodrigues e enche uma vez mais os corações dos que ali estávamos de alegria e felicidade, HOJE FOMOS FELIZES.
Texto e fotos: Manuel Cemyd

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