segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

MENSAGEM DO ESPÍRITO BEZERRA DE MENEZES POR JOSÉ CARLOS DE LUCCA.


Mensagem do Espírito Bezerra de Menezes por José Carlos De Lucca. 

"Trabalhando com Jesus, nossas dores íntimas se tornam mais fáceis de suportar.


Com Jesus, o espinho não fere tanto, a dor não dilacera, a cruz não é tão pesada e a angústia se desfaz ao suave toque da caridade. Seguir Jesus é observar-lhe as lições do amor que vence o ódio, do perdão que desfaz a guerra, da humildade que nos faz melhores do que o orgulho, da fraternidade que rompe as paredes da indiferença social.

Ante a perspectiva do ano novo que se aproxima, renovemos nossa adesão ao Mestre do Amor, pelos laços do coração, sabendo que os novos dias serão neutros, incolores, mas passíveis de se tornarem belos e harmoniosos quando tingidos pelas nossas atitudes de paz, alegria e trabalho no bem.

Com a humilde benção do servidor de todos, abraço meus filhos do coração,



Bezerra."

SP - 28/12/2015.

domingo, 20 de dezembro de 2015

DIVALDO FRANCO REALIZA MAIS UM VOCÊ E A PAZ EM SALVADOR/BA


O médium e orador Divaldo Franco reuniu mais de 20 mil pessoas em Salvador/BA, na Praça Dois de Julho para o Movimento Você e a Paz.
O momento culminante chegou de forma impactante. A Praça Dois de Julho, no Campo Grande, em Salvador/BA, foi tomada por populares desejosos de comemorar e reafirmar o desejo de contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de paz. A data de 19 de dezembro é uma data cívica, reconhecida pela municipalidade. O Movimento, iniciado em 19 de dezembro de l998, completou dezessete anos de continuado sucesso, sempre crescente, semeando a ideia da paz nos corações, estimulando o desenvolvimento de uma convivência pacífica, construindo um mundo fraterno, feliz e próspero. Todos os que lá estavam reafirmavam o desejo de viver em paz, idealizando a construção de uma sociedade mais solidária.
Com um rico momento artístico executado por Júnior Silva, Maurício Virgens e Nando Cordel, que encantaram o público, o evento teve início com a participação do público, que empolgado acompanhou e cantou o Hino Nacional e outras músicas executadas pela Banda de músicos do Grupamento dos Fuzileiros Navais do Comando do 2º Distrito Naval, da Marinha do Brasil. Na sequência, a Banda de músicos da Polícia Militar do Estado da Bahia se apresentou executando músicas do repertório popular.
Presentes a Secretária Estadual Olívia Santana, de Políticas para as Mulheres, representando o Governador Rui Costa, do Estado da Bahia; a Sra. Célia Sacramento, Vice-Prefeita da cidade do Salvador; Dra. Nelly Berchtold, Presidente da União dos Centros Espíritas da Suíça; Sra. Sara Schlumpf, representando a União dos Centros de Estudos Espíritas da Suíça – UCESS; o casal Miguel e Dulce Bertolucci, do Canadá; Carlos Frederico de Almeida Borges, Diretor Administrativo e Financeiro da CONDER; Sônia Andrade, Isaías Vasconcelos e Neudson Pinha, da Secretaria Cidade Sustentável; Sra. Suely Cardas Schubert, escritora espírita de Juiz de Fora/MG; Sra. Maria Senhora Rodrigues, Chefe de Gabinete da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia; o casal Marcelo e Andrea Marshall- Netto, dos Estados Unidos da América; e Eliane Dare, espírita da Suécia.
Após os agradecimentos, a Secretária Olívia Santana se pronunciou afirmando que é importante pensar no que pode ser realizado em prol da paz, desenvolvendo ações que contribuam para a diminuição das dores, sem julgamentos, ou rótulos. Valorizando a vida das criaturas e do Planeta. É necessário, afirmou, praticar a paz, dizendo não a violência.

Instituído no ano 2000, pela Mansão do Caminho, o Troféu Você e a Paz homenageia importantes segmentos e pessoas que atuam em favor da paz. Na categoria personalidade física que se doa, foram agraciados Cláudio Lacerda da Silva, com o Projeto Banho Solidário; e o Dr. João Eudes Santana Neco, do Lar Irmã Lourdes. Na categoria instituição que realiza, foram destacados o Projeto Parque Social, representado pela Sra. Maria do Rosário Vianna de Magalhães, Diretora-Presidente; Organização Mundial Não Governamental Médicos Sem Fronteiras, representada pelo Dr. Bruno da Costa Rocha; Orquestra Pró-Sinfônica Estudantil, representada pelo Prefeito de Camaçari/BA, Sr. Ademar Delgado; Lar Pérola de Cristo, na pessoa do Sr. Rafael Raposo; e Casa de Apoio do Hospital Aristides Maltez, representada pelo Sr. Pedro Cezar Archanjo dos Santos.
A categoria empresa que viabiliza foi representada pelo ITS – Internet Technology Solutions, na pessoa de Mário Cesar Santos Souza. Na categoria especial, os homenageados foram o Pastor Djalma Torres, da Igreja Protestante de Antioquia; Hassan Robson de Meireles Nunes, do Centro Islâmico da Bahia e Comunidade Muçulmana; o Ministro Antônio Sérgio Araújo Cabral, da Igreja Messiânica Mundial do Brasil; Dra. Ruth Brasil Mesquita, psicóloga e confrade espírita, dedicada divulgadora da paz; e o Dr. Marcel Mariano, confrade espírita, Assessor Jurídico do Desembargador Salomão Resedá, na Coordenadoria de Infância e Juventude.
Sendo o Movimento Você e a Paz de caráter ecumênico, pronunciaram-se a Sra. Jamira Nery Ferreira, Diretora Gran-Master da Sheicho-No-Ie do Brasil; o Sr. André Luiz Peixinho, Diretor-Presidente da Federação Espírita do Estado da Bahia; o Pastor Djalma Torres, da Igreja Protestante de Antioquia; o Padre Alfredo Souza Dórea, da Igreja Anglicana do Brasil; Hassan Robson de Meireles Nunes, Vice-presidente do Centro Islâmico da Bahia e Comunidade Muçulmana; e o Ministro Antônio Sérgio Araújo Cabral, da Igreja Messiânica Mundial do Brasil. Todos destacaram a necessidade da construção da paz, iniciando na intimidade de cada um, respeitando as divergências de opiniões e convicções, amando o próximo através do respeito, da caridade, da fraternidade, da solidariedade, sem nenhuma espécie de preconceito.

Divaldo Franco, idealizador do Movimento Você e a Paz, apresentou um relato sobre a história do Império Romano, abrangendo o 1º e o 2º Triunvirato. O 1º com Caio Júlio Cezar, belicoso, conquistador. O 2º com seu filho, Caio Júlio Cezar Otaviano governou com dignidade, era pacífico e pacificador, granjeou o respeito de seus liderados através de um caráter reto, vigoroso, tornando-se um exemplo de honradez e alto senso de justiça. O 2º Triunvirato foi um momento glorioso do Império Romano, que recebia os eflúvios para a chegada do Messias, Jesus de Nazaré.
A vida de Jesus foi tão fascinante que não coube na História da Humanidade, dividindo-a. Notáveis pensadores e cientistas atribuem a Ele características incomuns, como: o maior psicoterapeuta que a humanidade já conheceu; alcançou o estado numinoso; é o homem modelo, entre outras. Seus ensinamentos sobre o amor são inigualáveis. Ensinava que os homens deveriam amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Significa amar com integração do espírito da divindade, repartindo com o próximo, autoamando-se, comportando-se de maneira que não se envergonhe do que fez, ou do que deixou de fazer. Cada indivíduo deve compreender que é filho de Deus, portando, herdeiro divino.
Em suas sábias lições, o Mestre por Excelência, ensinava que cada criatura deve fazer ao outro somente o que desejaria receber. A Doutrina de Jesus é baseada no amor. As ações desenvolvidas pelos indivíduos devem estar emolduradas pelo amor. Exemplificando a ação amorosa do Mestre, Divaldo apresentou o episódio em que a mulher adúltera Lhe foi apresentada. Não julgou, não condenou, porém, recomendou a mudança de atitudes e de hábitos, adotando conduta mais equilibrada. Ante o mal, fazer o bem, exercendo o sublime sentimento do amor. Seus ensinamentos ensejam renovação, porque todo aquele que conhece Jesus já não pode mais ser o que era antes.
As sublimes lições de amor não foram capazes, ainda, de fazer com que cessem as guerras, as ações violentas de toda ordem e intensidade no dia-a-dia da sociedade moderna. Esses são dias tumultuosos como aqueles enfrentados pelos romanos, turbulentos, desvairados, aflitivos. Vive-se dias de terror internacional, há desrespeito pela dignidade dos indivíduos, a perversidade é companheira diária na vida de muitos. A miséria social, a desconfiança, o egoísmo, o sexismo, a depravação, a falta de caráter, provocam desesperança e muito sofrimento.
Os pais, salientou o nobre e lúcido orador, devem se constituírem em bons exemplos, vivendo uma vida digna, com objetivo de tornar-se a cada dia melhor do que foi antes. O homem alcançou um conhecimento fenomenal no campo das ciências, porém, esqueceu-se de si mesmo. A moralidade não acompanhou o progresso científico, e o homem aturdido, esquecido de si mesmo, longe do amor, entredevora-se, sem paz interior.
É necessário que cada qual desenvolva uma consciência reta, que não se deixe corromper, tal qual a exemplificada por Jesus. Ser pacífico e brando, dizer não a violência, estar a favor da paz, são sentimentos a serem perseguidos por todos os que almejam a felicidade. Que cada um possa ter paz, apesar das aflições que possa estar experimentando. O amor verdadeiro liberta, cede, não aprisiona. É necessário que o amor ceda para conquistar amanhã a gratidão, a gentileza.
Ser gentil, grato, fraterno, solidário levam a desenvolver atitudes de paz. Lembrar-se dos que fazem algo por nós, agradecendo-lhes, reconhecendo a importância da colaboração. Ser pacífico para poder transmitir aos que se encontram próximos, no lar, no trabalho, no lazer, um sentimento de harmonia, contribuindo para que as pessoas de desarmem emocional e psicologicamente. Homenageemos Jesus e sejamos gratos em todos os sentidos. Recitando o Poema de Gratidão, de Amélia Rodrigues, o evento foi finalizado, e todos, em uníssono, cantaram a canção Paz pela Paz, acompanhando Nando Cordel, o seu autor. Com abraços efusivos, votos de paz e desejos de harmonia e felicidades, os presentes foram se despedindo, retornando aos lares, levando em seus corações a vibrantes lições do Mestre de Nazaré, semeando as sementes do amor. Encerrada a última etapa da 18ª edição do Movimento Você e a Paz, constatou-se, com certeza, que viver em paz é possível. Paz, sempre!
Texto: Paulo Salerno

Fotos: Jorge Moehlecke

sábado, 12 de dezembro de 2015

A CERIMÔNIA DO LAVA PÉS - PELO ESPÍRITO DR. LUIZ MONTEIRO DE BARROS



A cerimônia do Lava Pés é prática de uma simbologia extraordinária. É necessário que o espírito revele sua grandeza e todo seu amor, quando se predispõe a lavar os pés de seus semelhantes. 

Para muitos essa atitude não é aceita, muito menos compreendida. A humildade é uma virtude muito pouco praticada e para a maioria das criaturas humanas é um ato de submissão inconcebível.

Nessa cerimônia instituída por Jesus, o Mestre revela que veio a Terra para servir, nos fazendo recordar que aquele que se fizer o menor entre os homens, será maior no mundo espiritual. 

Não precisamos sair pelo mundo de bacia nas mãos lavando os pés alheios. Todavia, podemos lavar nossos ouvidos, para ouvir os soluços escondidos dentro do próprio lar. 

Devemos lavar os nossos olhos, para enxergar de fato as dores morais em nossa família. É necessário lavar a língua, para que a indulgência se reflita no silêncio precioso ante a possibilidade de um comentário infeliz. 

Dessa forma, estaremos servindo a causa do bem, transformando o lar em ambiente harmonioso onde Jesus possa, em estreita comunhão com nossa família, lavar a nossa alma com o seu amor.


Espírito Dr. Luiz Monteiro de Barros por Adeilson Salles



segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

MARCELLA - UMA GUERREIRA QUE VENCEU O CÂNCER

 
Era uma vez uma menina feliz, alegre, determinada, responsável, compreensiva, mas com um defeito muito ruim para seu corpo: guardava todas as suas mágoas.

Ela teve uma adolescência maravilhosa e soube aproveitar a vida; aproveitou sua liberdade e acreditava que sua felicidade plena era aquilo: curtir, curtir e curtir a vida, trabalhar e ser bem-sucedida. Ela nunca foi de ficar muito com sua família, ela trabalhava de dia de semana e final de semana; queria aproveitar.

Um belo dia, Deus resolveu mostrar para essa menina que aquilo era uma felicidade momentânea e que a vida não era por aquele caminho. Não viemos aqui para simplesmente passar, dar um oi e ir embora, estamos aqui por um propósito, esse propósito é a evolução espiritual e aprender os verdadeiros valores da vida.

Então, foi no dia 19 de março de 2014, que a vida dela virou de cabeça para baixo e o chão se abriu, ela ficou confusa e não entendia o que estava acontecendo. Uma espera desesperadora, exames e mais exames e ninguém dizia nada, ela não entendia o porquê daquilo tudo, pois sempre fez exames regularmente, comia bem, fazia exercícios... Por que aquilo estava acontecendo? A angústia tomou conta e a cada minuto o desespero tomava conta e ela tremia por inteiro.

Após essa espera desesperadora, o médico pediu para interná-la, pois teria de fazer uma biópsia, e ele só dizia que ela teria de confiar nele.
Foi no dia 21, depois de uma noite escutando seus pais com uma respiração ofegante e andando de um lado para o outro, que ela abriu os olhos e lá veio o diagnóstico assustador à primeira vista: Linfoma de Hodking. Oi, o que esse senhor queria de mim?? O que estava fazendo em meu corpo? O que eu tinha feito de errado? Como eu tinha permitido com que aquilo entrasse em meu corpo?

O desespero e as perguntas em sua cabeça não acabavam, uma menina de 23 anos com um câncer? Isso era possível? Estava mesmo acontecendo aquilo?

Será que eu sou tão ruim assim? Matei alguém em outra vida, certeza, era o que ela pensava no primeiro momento, mas foi com o amor de sua família toda ao seu lado naquela hora, que ela viu a luz para um caminho que não seria fácil, mas sua mente se abriu através de uma corrente de amor que se formou em um quarto de hospital e que fez com que ela tivesse a resposta para todas as perguntas. Eu tenho todo esse amor para me dar o suporte, Deus está me dando essa batalha, pois sabe que eu consigo. Então, ela levantou da cama e disse: “O que tenho de fazer agora? Eu permiti que isso acontecesse, então eu vou lutar para tirar isso de mim”.

Assim começou seu processo de uma verdadeira guerreira, ela vestiu suas armaduras e se fortaleceu para ir à luta. Saiu do hospital e cortou o cabelo como a Mulan, naquele filme da Disney, quando ela resolve ir para a guerra.

Quando começou a batalha do tratamento, os efeitos colaterais começaram a aparecer, e foi quando sua cabeça começou a se abrir mais e a perceber as coisas a sua volta. A família era tudo o que ela tinha para se apoiar caso desse uma escorregada; quando os enjoos vinham e não conseguia comer, ela parava e pensava: “Nossa, como é bom comer sem ter enjoos, e sentir o gosto dos alimentos... como é bom quando estamos saudáveis. Não damos o valor necessário para cada detalhe do nosso dia a dia”. Ela passou a olhar para frente, a conhecer pessoas que estavam passando pela mesma coisa, e trocavam experiências em um ambiente que ela jamais imaginava que estaria um dia.

Nenhum guerreiro é de ferro, ela teve altos e baixos, tinha seus medos e dores, mas agora se abria mais e tudo ficava mais leve em sua vida, e logo todo o medo passava, pois o amor era dominante em sua casa e energias ruins nunca foram permitidas. Nesse tratamento, como também em tudo em nossa vida, devemos ter a cabeça sempre com pensamentos positivos e acreditar que chegaremos aonde queremos chegar, e ela acreditava e já se imaginava no grande dia de sua alta, tocando seu sino, o símbolo da sua cura que ficava no hospital em que fazia o tratamento.

Ela tinha certeza de que Deus a estava sustentando e já tinha atendido a seu pedido da cura 100% para sempre, mas na matéria, as coisas são um pouco lentas, então temos de ter paciência e aceitar que tudo tem seu tempo e hora certa planejada para acontecer.

Um grande sorriso para o obstáculo é remover a pedra para que o caminho da luz apareça, e foi isso que ela fez, foi tirando todos os dias uma pedra do seu caminho e vendo a luz no final da caminhada junto com sua Fé. O amor da família fez com que essa menina se transformasse e renascesse, e hoje ela agradece por essa oportunidade de ter passado por uma estrada dura, mas que a ajudou em sua evolução espiritual.

Por isso, nunca deixem de lutar, nunca deixem que um obstáculo vença em sua vida, você é mais forte do que imagina.

Marcella Meneghetti Duarte

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domingo, 22 de novembro de 2015

A LANTERNA - PELO ESPÍRITO LUIZ SÉRGIO POR ADEILSON SALLES



A LANTERNA

O coração do jovem é um templo sagrado onde habitam sonhos e aspirações das mais felizes.
            
Também é no período juvenil, que o véu dos encantamentos vai sendo descerrado e a vida vai surgindo com toda força da realidade e com a carga de problemas do mundo.
            
Os jovens que ansiavam por crescer logo e tornarem-se adultos, gradativamente vão sentindo o peso dos compromissos aos quais são convocados.
            
A força da educação recebida em família vai sendo confrontada com os conceitos nascidos da alma do próprio jovem, que já viveu outras vezes.
            
Ele percebe o mundo a sua volta e o sente da sua maneira, de acordo com seu estágio evolutivo.
            
As reminiscências de vidas passadas afloram como hábitos e preferências naturais, e o jovem não se dá conta de como acontece, acreditando que tudo que pensa é o resultado dos poucos anos da sua idade física.
            
Sua visão é toda própria e única.
            
Nesse momento as comparações são inevitáveis.
            
O jovem percebe que os pais, apesar de serem muito amados, não são seres perfeitos e muito do que pedem aos filhos também não conseguem realizar.
            
As influências externas, somadas as experiências internas do espírito imortal promovem um redemoinho de dúvidas e inquietações.
            
É nesse momento grave, que as informações preciosas do Espiritismo podem fazer a diferença e mudar o curso das coisas dando mais sentido à vida.
            
Quando mudei de endereço, ou seja, quando mudei de dimensão tive muita dificuldade para me situar.

Embora já tivesse recebido algumas luzes no ambiente familiar eu fiz como muitos, ouvi, mas não apreendi como deveria.
            
Em algum momento sempre ouvimos algo sobre morte, vida após a morte, Jesus, caridade, mas quem é que quer saber?
            
Mas, de repente, você está morto, quero dizer, morto aí e vivo aqui.
            
A morte brusca, em pleno gozo das energias juvenis é bem complicada e eu fiquei atordoado por algum tempo.
            
Meu corpo físico gozava de pleno vigor e saúde.
            
Com o tempo aprendi, que os laços que me prendiam a vida física estavam bem apertados.
            
Não sai do corpo por meios naturais, fui expulso de forma violenta e aqueles laços apertados que me prendiam a matéria se romperam bruscamente.
            
É como se você caísse em um país estrangeiro onde a língua e os costumes fossem todos diferentes.
            
Você fala, mas ninguém presta atenção ou entende o que você diz.
            
Você quer tocar nas coisas e não toca mais, quer abraçar as pessoas e não consegue abraçar mais, sua voz ecoa no espaço silencioso da sua própria alma.
           
Eu sentia vontade de fazer xixi, de comer, tinha sede e outras necessidades mais.
            
A princípio o mais complicado foi lidar com as mesmas necessidades humanas, as vontades do corpo.
            
Chega uma hora que a única saída é chorar, então a gente chora e não é pouco.
            
As coisas da alma eu também fui aprendendo vagarosamente como lidar.
            
Por vezes, chegava perto dos corações queridos, quase podia tocá-los, mas não conseguia me fazer ouvir, por mais que falasse ou gritasse.
            
Mas, ouvir eu ouvia, e também sentia suas angustias e desespero.
            
Fazia um esforço danado para ser visto, ouvido e nada.
            
Com ao passar dos dias tinha a impressão de estar sujo, com falta de banho, e o pior, sentindo as dores que o acidente produziu.
            
Por que volto a falar nesse assunto mais uma vez, passados mais de quarenta anos da minha morte física?
            
Porque meu coração sente-se triste com o número de jovens que chegam aqui desse lado da vida sem o mínimo conhecimento da vida espiritual.
            
Ter conhecimento espírita não nos livra da perturbação espiritual, que todos experimentam quando desencarnam, mas é um recurso a mais para o despertar.
            
Vamos exemplificar assim: o conhecimento espírita funciona como uma lanterna, quando ficamos na escuridão da nossa ignorância. De repente a vida física se apaga e tateamos no mundo novo em busca de algo palpável, é nessa hora que podemos acender a lanterna do conhecimento espírita.
            
Os jovens chegam aqui e permanecem no escuro como crianças assustadas, quando falta energia elétrica em casa.
           
Gritam apavorados e desesperam-se com a realidade da vida espiritual.
            
Nesse contexto o jovem espírita tem um papel a cumprir, que é levar a seus pares juvenis a boa nova do Cristianismo redivivo.
            
Quando encarnados e jovens queremos crescer para ganhar liberdade e isso implica em responsabilidade.
            
Se existe algo que une a dimensão daqui e a daí é a responsabilidade que devemos ter com a vida.
            
Tudo que fazemos ou falamos tem consequência nos dois lados da vida.
            
Jovem, não tenha pressa de vir para cá, curta sua vida e aproveite tudo que tens aí, mas com muita responsabilidade.
            
Busque o conhecimento das coisas espirituais isso não lhe garantirá perfeição, mas pense em obter uma lanterna para o dia em que faltar luz em sua vida.
            
Vai na fé, vai no bem!

            
Luiz Sérgio (espírito) por Adeilson Salles - Novembro/2015


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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

IVAN DE ALBUQUERQUE, POR ADEILSON SALLES, ENVIA MENSAGEM PARA O DIA DO JOVEM ESPÍRITA


NEM VELHOS, NEM MOÇOS


     Nesses tempos, muitos afirmam que a mocidade é o sorriso da casa espírita, e é verdade.
     Podemos asseverar também, que o trabalhador mais antigo, representa o olhar sereno do centro espírita.
    Há quem afirme, que os jovens necessitam ganhar cada vez mais espaço em nossas nobres instituições, não é menos verdade.
    Discursos inflamados pedem a transição imediata entre as gerações, para que as velhas práticas sejam postas de lado.
    É importante que avaliemos com respeito fraternal essas questões, pois em nosso campo de ação não existem práticas novas ou velhas, devem existir e prevalecer, apenas as práticas espíritas.
    Não podemos prescindir da força e do entusiasmo juvenil, da mesma forma, o servidor mais antigo, por suas experiências e dedicação é alguém que pode dar sustentação emocional e espiritual aos desafios do mundo moderno.
   Nos lares, a experiência dos pais é a vereda pela qual os filhos devem caminhar de maneira mais segura.
     Todos cumprem um papel na edificação do bem comum, seja na casa espírita, seja na ambiência doméstica.
     Não pode existir futuro responsável, sem que se considere o trabalho que deu base as casas espíritas de hoje.
     Nosso modelo e guia é Jesus, que mesmo trazendo a Boa Nova, não desprezou as antigas tradições de seu povo.
     Nem velhos, nem moços, apenas espíritos em momentos diferentes.
     O Espiritismo é o mesmo, o evangelho é o mesmo.
     Sem que as gerações se deem as mãos à obra perece.
     É preciso priorizar o trabalho, pois os interesses são os mesmos: o amor e a caridade.
   Em nossas abençoadas casas espíritas, a transição irá acontecer naturalmente, pela vontade dos homens, ou pelo labor do tempo.
   Velhos e moços, moços e velhos, o amanhecer e o anoitecer, o anoitecer e o amanhecer tudo concorre para a beleza e o equilíbrio da vida.
     O Cristo necessita de nossas mãos unidas, de nossos esforços conjuntos.
    Há que se refletir nas transformações que já ocorreram, e nas muitas que ainda irão ocorrer.
     Abençoado seja o tempo que traz as verdades, que purga as diferenças, que acomoda as ideias.
     Quando o vento das dissenções ameaçar a paz e a união em nosso caminho, esforcemo-nos por trazer Jesus para os nossos atos, porque o Mestre, mesmo sendo o portador das novas ideias não se rebelou contra a humanidade inteira, portadora e defensora das velhas ideias egoístas.
     Seja no lar, ou nas dignas instituições espíritas, todos têm espaço para fazer o melhor.
     As diferenças fazem parte do conjunto de exercícios, para o aprendizado entre todas as faixas etárias.
     Vale ressaltar, que todos são espíritos, uns a mais tempo no corpo, outros a menos tempo, outros fora do corpo, mas todos carecemos da prática da compreensão e do respeito mútuo.
     O espírito se rejuvenesce em ideias à medida que ele ama e serve.
     Na história do cristianismo, Estêvão buscou a experiência e o acolhimento de Pedro, quando chegou a Casa do Caminho; Paulo recebeu do velho Gamaliel os fragmentos do evangelho e aconselhamentos preciosos para sua missão apostólica.
     O novo não pode prescindir da experiência do velho, o velho não prescinde do novo para continuar o trabalho.
     Pelas leis da reencarnação, quando a morte não surpreende, o velho parte, e o jovem segue no mundo para no porvir receber o velho, que torna em corpo novo, para seguir executando a melodia imortal da vida.
     O anoitecer amanhece, o novo dia envelhece.
     Nem velhos, nem moços, apenas espíritos.    

 Ivan de Albuquerque   

            por Adeilson Salles   

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

CARTA DE JOANNA DE ÂNGELIS A FRANCISCO DE ASSIS


Pai Francisco!
Abençoai-nos!
Evocando aquela tarde de 4 de outubro de 1261, com céu transparente e azulado, há setecentos e oitenta e quatro anos, três meses e um dia, quando vos preparáveis para o retorno ao Grande Lar, murmurastes para os poucos irmãos que vos cuidavam: - Fiz o que me cabia. E após suave pausa, entrecortada pela respiração débil, concluístes: - Que Cristo vos ensine o que vos cabe.
As Irmãs cotovias, algumas das quais vos ouviram cantar a Palavra um dia no passado, fizeram-se presentes com outras, alegres com a vossa libertação, voando em círculos sobre a choupana modesta em que vos encontráveis na amada Porciúncula.
Encerrava-se naquele momento uma parte da saga incomparável do vosso testemunho de amor ao Amigo crucificado, crucificado que também estáveis...
Toda uma epopeia de sacrifícios e abnegação ficaria inscrita nas páginas da História, demonstrando quanto se pode fazer e viver sob a inspiração do amor de totalidade.
Quando, na igrejinha de São Damião, atendestes ao convite que Jesus vos fez, nem sequer tínheis ideia do que vos iria acontecer, mas assim mesmo seguistes adiante...
Naquele período o tédio vos dominava e os prazeres do mundo, filhos da fortuna assim como das honras da cavalaria que antes vos fascinavam, cederam lugar ao fastio, a um vazio existencial, no qual a angústia se alojava, estiolando-vos os sentimentos.
Só depois compreendestes o que Ele desejava e, dando-vos conta do seu significado, renunciastes aos bens do mundo e aos vínculos com a família biológica, a fim de renascerdes das próprias cinzas e abraçardes a Humanidade como vossa irmã.
Desnudando-vos em plena praça, renunciastes a tudo, iniciando a trajetória pela via dolorosa, cantando os dons da pobreza e a fortuna da humildade.
Aqueles que vos conheceram anteriormente, quando jovial e extravagante, não puderam acreditar na grande revolução interna e pensaram tratar-se de alguma nova excentricidade...
Diante, porém, dos fatos grandiosos resultantes da vossa transformação, diversos deles foram buscar-vos para que lhes ensinásseis a técnica luminosa da entrega total a Jesus.
...E porque nada tínheis, vós e eles buscastes refúgio entre os leprosos que se escondiam nos escombros em Rio Torto, que se transformaram no suntuoso lar de vossas residências.
Não faltaram aqueles contemporâneos que vos definiram como um bando de vagabundos e desorganizados, porque eles se encontravam asfixiados pelos gazes das utopias e falácias do corpo transitório, embora os vossos feitos em favor dos infelizes. Era, porém, a mentalidade da época de trevas e de ignorância que conseguistes iluminar.
Pedradas, humilhações de todo porte, perseguições e zombarias, fome e necessidades, conseguistes transformar em estímulo para a incomum entrega a Deus.
Quantas vezes, interrogastes: - Quanto é demasiado? ou melhor, reflexionando, pensastes: Sou eu o proprietário de minhas posses ou elas me possuem?
Acostumado antes ao conforto e ao luxo, ao poder e ao destaque entre os endinheirados, era natural que buscásseis o equilíbrio entre a posse e o possuidor, resolvendo então por nada possuirdes.
Selecionastes os recursos para a empresa de santificação, utilizando-vos da não-posse como sendo a libertadora da alma.
Quando a fome derivada dos jejuns e da falta de alimentos vos excruciava a todos, vosso canto em homenagem à Irmã Alegria diminuía a tristeza geral e emoções sublimes tomavam conta de todos vós...
Buscastes com o pequeno grupo o apoio do papa Inocêncio III, o homem mais poderoso da época, mergulhado em luxo e diplomacia, pompa exorbitante e indiferença pela fé, não porque necessitáveis dele, que nada possuía para oferecer-vos em espiritualidade, mas para evitardes a pecha degradante de heresia em vossa e na conduta daqueles que vos seguiam. E apesar de tudo, o sensibilizastes pela pureza, candura e devotamento a Jesus, dele conseguindo somente uma bênção, perfeitamente dispensável, e algumas palavras de encorajamento.
Vistes ali, no Palácio de Latrão, em Roma, o anticristianismo, o burlesco, o jogo dos interesses vis, nos quais Jesus estava ausente...
As vossas palavras e exemplos tornaram-se estrelas iluminando a grande noite da Idade Média e avolumaram-se aqueles que buscavam Jesus despido das mentiras humanas e dos rituais enganosos da tradição teológica.
O vosso é o Jesus da simplicidade, da pobreza, do amor aos infelizes, da renúncia às ilusões e da sublimada entrega a Deus, não aquele a quem diziam seguir...
Quando Clara buscou o vosso auxílio, deixando para trás o mundo de fantasias, acolhestes a jovem afetuosa, sem recear o poder da sua família, tonsurando-a de imediato, para que ficasse sob a proteção da Igreja e não fosse obrigada a retornar ao século.
Intimorato guerreiro do amor, quanta coragem tínheis!
As vossas dores físicas, naqueles dias, despedaçavam o vosso corpo frágil e afligiam a alma veneranda: malária em surtos contínuos com febre e dores estomacais, com o baço e o fígado comprometidos não conseguiram desanimar-vos...
Ao lado dessas aflições vosso corpo foi lentamente transformado num jardim, no qual passaram a desabrochar as primeiras rosas arroxeadas da hanseníase...
Suportáveis tudo com paz, cantando louvores a Deus e aos Irmãos da Natureza.
Em vossa ingenuidade, um pouco antes, pensando em converter a Jesus o sultão al-Malik-al-Kamir, viajastes ao Egito com vosso irmão Iluminatus, conseguindo dialogar com o nobre muçulmano, que acenou com a paz a Pelágio mais de uma vez, e que a recusou, redundando em tragédia a Quinta Cruzada.
Embora sentindo-vos fracassar no empenho para a conversão do monarca, buscastes os leprosos e os mais ínfimos pelos sítios por onde peregrinastes.
Com anuência do sultão gentil visitastes os lugares onde nascera, viera e morrera o Amor Incomum, fortalecendo-vos para as crucificações do futuro a que seríeis submetido.
Quando retornastes à querida Assis, já sentíeis as dores quase insuportáveis da conjuntivite tracomatosa, muito comum no Oriente, e que atinge ainda hoje milhões de vítimas, levando-as à cegueira.
Aconselhado por frei Elias e o cardeal Ugolino, que vos amava, aceitastes em submeterdes-vos ao tratamento especial contra o tracoma em Rieti, nas mãos do médico que aqueceu dois ferros até os tornar brasas vivas e vos cegou, na ignorância presunçosa, atribuindo-se conhecimentos que não possuía, abrindo na vossa face duas imensas feridas que chegavam às orelhas. E nem sequer reclamastes, exclamando, confiante: - Oh, Irmão fogo!... Sê bondoso comigo nesta hora...
Como se não bastasse, posteriormente, a fim de estancar a purulência dos vossos ouvidos, novamente experimentastes barras de ferro em brasa que os penetraram, sem que exteriorizásseis um gemido único...
Oh! Pai Francisco!
Nas tempestades que sacudiram então o vosso trabalho e no abandono a que vos atiraram alguns daqueles que ainda amavam mais o mundo e suas mentiras, buscastes meditar nos montes Subásio e Alverne, no último do qual Jesus crucificado, conforme ocorrera diante do crucifixo de São Damião, vos assinalou com a stigmata, que alguns negariam depois...
Quando alguém vos interrogou, posteriormente, o antigo jovem trovador reagiu, dizendo: - Cuide da sua vida.
Não desejáveis que ninguém soubesse da vossa perfeita união com Ele, o Rejeitado sublime.
Aneláveis por viver e sofrer como Ele vivera e sofrera, embora vos considerásseis inútil servo ou um homem inútil.
Com o coração trespassado pelas setas contínuas da ingratidão de muitos que agasalhastes no peito como se fossem cordeiros mansos, embora fossem serpentes venenosas que vos picaram mil vezes, assim mesmo continuastes amando-os.
Assim é o mundo com as suas mancomunações!
Os utilitaristas e a sua perversidade sempre estão presentes em todos os lugares.
Aqueles porém, que vos atraiçoaram também morreram, Pobrezinho de Deus, e despertaram com a hanseníase na alma...
Não vós!
Ave canora que éreis, ascendestes na escala da evolução, vencendo todos os limites e dimensões do conhecimento, recebido por Ele, que vos aguardava com a ternura infinita que reserva para aqueles que O amam.
Ei-los, os ingratos, que se encontram de volta à Terra destes dias, recordando-vos, arrependidos e afáveis, buscando a reabilitação.
Apiedai-vos de todos eles, os vossos crucificadores, e amparai-os na esperança e na coragem para conseguirem a autoiluminação.
Menestrel de Deus!
Neste momento em que a Ciência e a Tecnologia soberbas falharam na tarefa de fazerem felizes os seres humanos, intercedei ao Pai por todos nós que ainda transitamos pela senda libertadora, buscando a perdida alegria que desfrutávamos ao vosso lado, naqueles inolvidáveis dias.
Pai Francisco!
Abençoai-vos, mais uma vez.






JOANNA DE ÂNGELIS
Psicografia de Divaldo Franco.
Do livro: Francisco, O Sol de Assis.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A ESTAÇÃO DE TREM - JOSÉ CARLOS DE LUCCA




O planeta Terra não deixa de ser como uma estação de trem. 

Tem gente que chega pra ficar por uns tempos. 

Tem gente que vai e demora pra voltar. Nós desembarcamos neste pedação do universo para aprender a amar e ser amado. 

Um dia o trem passa e a gente tem que ir embora, de preferência tendo plantado amor no coração das pessoas. Porque chegará um dia em que haveremos de voltar a esta Terra, pelas portas da reencarnação, e reencontraremos todas as pessoas que amamos e aquelas a quem não conseguimos amar. Todas estarão no nosso vagão, tal qual acontece em nossa vida atual. 

Que na próxima vinda, o nosso vagão esteja lotado de gente amiga. Mas esse trabalho começa agora mesmo com as pessoas e situações que hoje nos parecem espinhos. A depender de nós, elas se transformarão em flores do nosso jardim.


Texto de José Carlos De Lucca.