sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

AMOR À VIDA - DIVALDO FRANCO


O mais precioso dom que existe é a existência humana. Embora a gravidade da hora com as suas terríveis malhas de violência, agressividade e tormentos de vária ordem, vale viver-se, tendo por meta a plenitude. 

Não poucas pessoas pensam exclusivamente em si próprias, dominadas por asfixiante egotismo, na enganosa construção psicológica de que assim serão felizes, isto por haverem perdido o rumo do equilíbrio, da sabedoria, da razão. Quando se acreditam triunfantes, porém, descobrem-se mergulhadas no vazio existencial e logo mais tombam em graves transtornos psicológicos.

O sentido da vida resume-se na autoedificação pelo amor, mediante o esforço para viver-se, sob o amparo de pensamentos corretos, de palavras certas e de conduta saudável. Somente assim, as suas serão as lutas que lhe darão significado comportamental e estímulo para avanços legítimos na conquista do Self. As metas materiais, embora o seu sentido edificante, são fáceis de ser alcançadas, o que faculta a necessidade de contínuas programações. 

Além disso, apresentam enfrentamentos tormentosos, quais sejam: a competitividade nem sempre realizada de forma digna, a submissão ao contexto no qual se vive, ora caracterizado pelo suborno, pela injúria, pela desconfiança, o medo da perda dos valores adquiridos ou das posições conseguidas, a inevitável insatisfação íntima que deflui do anseio de sempre mais possuir e mais brilhar...

A criatura humana é a medida das suas aspirações morais e espirituais que a projetam no rumo da iluminação. Parece uma ingenuidade aspirar-se por iluminação interior, paz no coração, quando pairam sobre quase todas as cabeças as espadas de Dâmocles prestes a decepá-las. 

São, no entanto, as propostas ingênuas do amor, conforme preconizadas por Jesus Cristo, que proporcionam bem-estar, alegria de viver, trabalho no bem, fraternidade no seu mais amplo sentido. Assim viveu o inesquecível Poeta galileu, amando numa época hostil como a nossa. Podemos tentar?

DIVALDO P. FRANCO

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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ante o terrorismo - Divaldo Franco


O golpe foi de uma crueza ímpar. Ainda nos encontramos chocados. Repetiu-se a tragédia que vem ameaçando as criaturas humanas nos últimos anos, tal seja, o terrorismo provocado pelo fanatismo religioso perverso. A resposta da França e da sociedade foi imediata, enquanto se mobilizaram todos os recursos possíveis, para alcançar-se os criminosos e puni-los devidamente. Os direitos humanos, especialmente o da liberdade de pensamento, de palavra e de ação, são inderrogáveis. Conquistados com incontáveis sacrifícios ao largo dos séculos, são uma das mais grandiosas conquistas do processo evolutivo da sociedade.

Ninguém pode interditar a liberdade de movimento e ação das criaturas humanas, nem proibir, perseguir, impedir a liberdade da palavra, seja ela verbal ou gráfica, exceção feita por ocasião de regimes arbitrários. Se tal viesse a acontecer, e às vezes ocorre, trata-se de um terrível retrocesso ao passado lamentável, quando éramos escravos da prepotência e da estupidez.

No caso em foco, o lápis é mais poderoso do que o fuzil. Mata-se o indivíduo, mas não se aniquila o pensamento, que somente pode ser suplantado por outro de maior magnitude. Herança da barbárie, o fanatismo religioso, político ou qualquer espécie, indignifica o ser humano e dele faz vítima do sicário das vidas que o cercam. Isto somente ocorre em razão do estágio primário do processo antropológico da evolução, que retém o indivíduo na furna do egoísmo e do atraso moral.
É inevitável que cresçamos na direção da plenitude, e o amor com respeito ao direito alheio é o sentimento que deve permanecer inviolável em todos os passos da sociedade. Todos devemos repudiar a intolerância, a prevalência da força sobre o direito à vida, contribuindo de maneira eficaz pela solidariedade, para que alcancemos a meta pretendida que é a felicidade. Repito com os milhões de cidadãos que hoje levantam a bandeira da liberdade proclamando: Je suis Charlie.

DIVALDO FRANCO

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 15-01-2015.
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Mensagem do espírito Leopoldo Machado, por meio da mediunidade de Marcos Alencar

A ética do amor à luz da Evangelização


"Queridos irmãos, estimados amigos. Que a Luz do Sublime Educador nos envolva, amparando-nos em nossas costumeiras fragilidades.

O mundo é um vasto celeiro de bençãos, onde a caridade tem campo fértil para executar a ética do amor. Vemo-la por toda parte a movimentar ações de assistência social e espiritual de todos os tipos. Nas grandes calamidades e tragédias, sejam divulgadas ou anônimas, vamos encontrar valorosos cooperadores, como esporádicos voluntários a exercer o bem, oferecendo o indispensável apoio material. Indiscutivelmente que precisamos ainda “dar de comer a quem tem fome”, tanto quanto “dar de beber a quem tem sede”. Essa é a tarefa primeira do processo da caridade. Além disso, não olvidemos de “cobrir a quem tem frio” e de “levantar a quem está caído”, pois são ações igualmente primordiais no elo da cadeia de amor.

Porém, apesar de multiplicarem-se constantemente o número de voluntários do amor, numa demonstração inequívoca da evolução da maturidade espiritual do ser humano, esforçando-se se a mitigar dores e sofrimentos originados pela escassez material, escasseiam-se os cooperadores da reeducação dos valores imperecíveis da alma, por meio da Evangelização.

Erguem os homens planos sociais para mitigar a fome, em uma justa decisão. Contudo, onde estão as propostas para o socorro das almas esfaimadas de amor, de ética, de cidadania, de justiça? Constroem-se presídios para encarcerar seres humanos desajustados, discute-se como punir crianças e jovens infratores, mas esquecem de erguer escolas morais, tão valiosas quanto às escolas do saber, igualmente desprezadas.
As casas religiosas, em seu papel fundamental de promover o Evangelho de Jesus, na busca de religar os homens a Deus, em sua maioria, enveredam pelas estruturas de poder, tornando-se, sem que seus prosélitos percebam claramente, em um “grande bandeira partidária”, em detrimento de seu objetivo maior.
Lamentavelmente deixam de lado a valorização da criança e do jovem no processo de educação dos sentimentos. Podem alegar alguns que as instituições religiosas cumprem rigorosamente seu papel evangelizador ao disseminarem conteúdo bíblico. No entanto, as crianças e os jovens de hoje, espíritos milenares, não necessitam de relembrar ou decorar versículos e capítulos do Velho ou do Novo Testamento.

Os anseios da criança

Anseiam por aprimorar virtudes essenciais para os tempos de regeneração que o mundo vive. Como ensinar o respeito à diversidade, os valores éticos, a compreensão das personalidades multiformes, a tolerância ao próximo, enfim, o que é essencial para viver em paz na sociedade, diante de conteúdos religiosos tão carregados de preconceitos, punições, condenações?
Os conteúdos destinados à Evangelização de crianças e jovens vivem, sem dúvida, uma grande crise de ordem conceitual e prática. Nesse sentido, enquanto os homens não compreenderem que, sem focar a ética do amor, a infância e juventude estarão condenadas a replicar velhos modelos, que de tão caducos, apenas representam o quão estão atrasados na proposta de renovação da humanidade frente aos novos tempos.
Aliás, o Mestre Jesus já nos alertava ao afirmar que “Ninguém costura retalho de pano novo em roupa velha... Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Mas vinho novo se põe em odres novos” (Mc, 2, 21 e 22). Como preparar esta geração midiática, libertando consciências equivocadas de erros do passado, com conceitos, metodologias e práticas ineficazes?

Evangelizar, portanto, não é exclusivamente abordar aspectos bíblicos ou históricos dessa ou daquela religião. É, acima de tudo e por tudo, falar e viver a Ética do Amor. Que ética é essa? “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, tanto quanto “fazer ao semelhante tudo quanto gostaria que fosse feito por você”. Aí, estão, portanto, meus amigos, meus irmãos, toda a Lei de Deus, toda moral de Jesus, capaz de libertar-nos do mal que ainda viceja dentro de nós." 
(...)






Mensagem recebida por meio da mediunidade de Marcos Alencar, autor da Intelítera, e publicada na Revista Cristã de Espiritismo, edição 135.
Para ler a mensagem na íntegra, adquira já nas bancas ou pelo site: http://www.rcespiritismo.com.br/

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Divaldo Franco fala sobre o autoperdão para a conquista da paz interior. Assista ao vídeo.






O médium e orador Divaldo Franco fala sobre o autoperdão para a conquista da paz interior, em seminário realizado no Hotel Iberostar, na Bahia.
Assista a um trecho desse maravilhoso seminário.
Todos os livros, Cds e DVDs de Divaldo Franco, você poderá adquirir no site:

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Ano Novo - Divaldo Franco



Logo passem os festivos e as balbúrdias comemorativas do período natalino, que culminam com a entrada do Ano novo, a realidade, sempre à espreita, apresentar-se-á, propondo reflexões e, não poucas vezes, desgostos, em razão dos excessos praticados, das volumosas despesas para atender as fantasias mentais e emocionais de muitos indivíduos pouco amadurecidos psicologicamente.
Fim de ano é momento de balanço, de análise dos atos e realizações praticados, numa retrospectiva que deve proporcionar lições de equilíbrio e de renovação interior, em favor do crescimento moral.

Uma avaliação cuidadosa do comportamento tem lugar, por ensejar a reparação dos erros cometidos e aprimorar as atividades desenvolvidas.

Ano novo, por sua vez, é ensejo de programação de conduta, de cuidadosa avaliação dos recursos disponíveis para serem aplicados ao largo do exercício, sem aflições nem danos muito comuns às pessoas irrefletidas.

Quase sempre, fascinadas pela bem urdida propaganda, deixam-se arrastar pelas pseudo facilidades do crediário, do cartão mágico que possibilita a realização dos voos da imaginação, sem o cuidado de refletir que, após a aquisição do ilusório, o orçamento estará prejudicado pelo excesso de dívidas, e a revolta, o estresse tomam conta dessas vítimas das extravagâncias.

O sentido existencial, infelizmente, não objetiva o ter, o prazer, o parecer, mas sobretudo, o ser, o equilíbrio emocional, a autossegurança, encarregados de proporcionar saúde integral e elevação espiritual.

Passadas as fantasias que se diluíram ante o sol da responsabilidade, é necessário um reforço moral para a conquista da harmonia íntima, a fim de não se permitir devorar pela volúpia do momento tempestuoso...

É indispensável que antes de assumir-se compromissos que deverão ser resgatados no futuro, examine-se a consciência para verificar-se a legitimidade ou não desses divertimentos vazios de conteúdo.


Plenitude seja a meta.

DIVALDO P. FRANCO

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 1º-01-2015.
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Reflexões na Tunísia - Divaldo Franco


Enquanto visitava a Tunísia, no início deste mês, deixei-me viajar pelo tempo, evocando os dias gloriosos de Cartago, a cidade inexpugnável, que fora fundada por volta de 814 a.C pelos fenícios e que, no século IV a.C., era a metrópole mais pujante daquela região no Mediterrâneo.
Berço natal de Aníbal, considerado um dos maiores conquistadores do mundo antigo, tornou-se célebre ao atravessar os Pirineus e os Alpes com os exércitos para conquistar Roma, o que não conseguiu, na segunda guerra púnica, terminando sua existência de maneira inglória pelo suicídio.
Pela sua grandeza e quase indestrutibilidade, o senado romano cunhou a frase que ficou célebre: Delenda est Carthago (Cartago deve ser destruída), o que realmente aconteceu, não havendo ficado pedra sobre pedra e com o solo salgado para que nada nele crescesse. Apesar disso, Cartago reergueu-se e tornou-se uma das maiores cidades do norte da África, hoje reduzida a escombros, com alguns monumentos colossais desafiando os tempos, entre os quais as termas do imperador Antonino, as maiores da África no século II d.C.
Percorrendo-lhe as ruínas grandiosas, não me pude impedir reflexões em torno do poder e das glórias terrenas, lembrando-me do pensamento latino Sic transit gloria mundi (Assim passa a glória do mundo), que aparece mais complexa na obra de Tomás de Kempis, A imitação de Cristo, a respeito da transitoriedade de todas as coisas.
Recordei-me de Jesus, que nasceu em singela gruta calcárea nos arredores de Belém, há dois mil anos, dividiu a História e tornou-se o maior Conquistador de todos os tempos, pois que, até hoje, as Suas lições arrebatam centenas de milhões de seguidores. Tendo morrido numa cruz, legou-nos a mais notável contribuição para o pensamento histórico: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, o que O fez, ao mesmo tempo, o mais extraordinário psicoterapeuta que se conhece, conforme O define a psicanalista alemã Dr.ª Hanna Wolf.

DIVALDO P. FRANCO 

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 18-12-2014.

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