segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Ano Novo - Divaldo Franco



Logo passem os festivos e as balbúrdias comemorativas do período natalino, que culminam com a entrada do Ano novo, a realidade, sempre à espreita, apresentar-se-á, propondo reflexões e, não poucas vezes, desgostos, em razão dos excessos praticados, das volumosas despesas para atender as fantasias mentais e emocionais de muitos indivíduos pouco amadurecidos psicologicamente.
Fim de ano é momento de balanço, de análise dos atos e realizações praticados, numa retrospectiva que deve proporcionar lições de equilíbrio e de renovação interior, em favor do crescimento moral.

Uma avaliação cuidadosa do comportamento tem lugar, por ensejar a reparação dos erros cometidos e aprimorar as atividades desenvolvidas.

Ano novo, por sua vez, é ensejo de programação de conduta, de cuidadosa avaliação dos recursos disponíveis para serem aplicados ao largo do exercício, sem aflições nem danos muito comuns às pessoas irrefletidas.

Quase sempre, fascinadas pela bem urdida propaganda, deixam-se arrastar pelas pseudo facilidades do crediário, do cartão mágico que possibilita a realização dos voos da imaginação, sem o cuidado de refletir que, após a aquisição do ilusório, o orçamento estará prejudicado pelo excesso de dívidas, e a revolta, o estresse tomam conta dessas vítimas das extravagâncias.

O sentido existencial, infelizmente, não objetiva o ter, o prazer, o parecer, mas sobretudo, o ser, o equilíbrio emocional, a autossegurança, encarregados de proporcionar saúde integral e elevação espiritual.

Passadas as fantasias que se diluíram ante o sol da responsabilidade, é necessário um reforço moral para a conquista da harmonia íntima, a fim de não se permitir devorar pela volúpia do momento tempestuoso...

É indispensável que antes de assumir-se compromissos que deverão ser resgatados no futuro, examine-se a consciência para verificar-se a legitimidade ou não desses divertimentos vazios de conteúdo.


Plenitude seja a meta.

DIVALDO P. FRANCO

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 1º-01-2015.
Divaldo Franco escreve na quinta-feira, quinzenalmente.
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Um comentário:

  1. Boa tarde! Adoro essa coluna, o Sr.Divaldo como sempre nos mandando mensagens muito interessantes e importantes.

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