quarta-feira, 29 de março de 2017

EXISTE LIMITE PARA MANTER AO NOSSO LADO UM GRANDE AMOR?




Existe limite para manter ao nosso lado um grande amor?

Maria é abandonada pelo marido, no entanto, acha que sua vida não tem nenhum sentido sem ele, acredita que a única forma de ser feliz será reconquistando José. Seu sentimento por ele é tão forte que ela não consegue sequer dar atenção ao filho recém-nascido.


Zahra é uma linda e inteligente jovem do Oriente Médio e, ao mudar para o Brasil, descobre que existe muita vida e beleza além da sacada do luxuoso apartamento em que vive com o marido, um homem dominador que tenta afastá-la da família, dos amigos e da sociedade.

Mas Maria e Zahra contam com duas amigas que as ajudarão a entender se o sentimento envolvido nesses relacionamentos Será Amor ou Obsessão?
Um romance fantástico e surpreendente que nos convida a refletir no verdadeiro sentido da amizade e do amor.

O autor esteve entre os mais vendidos da Amazon nos Estados Unidos e na Inglaterra.





Adquira o livro no link: https://goo.gl/D0x6jb
Mais sobre Valter dos Santos : https://goo.gl/3GzYgG

segunda-feira, 27 de março de 2017

A MULTIPLICAÇÃO DA EDUCAÇÃO - ZILDA ARNS POR ADEILSON SALLES


E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também dos peixes, quanto eles queriam. ” João 6:11

A educação é dadiva de vida.
Sempre busquei compreender os ensinamentos de Jesus de maneira que pudesse multiplicá-los aos que têm fome e sede.

Me recordo, que durante minha vida de aprendizado junto aos necessitados uma inspiração secreta ecoava como voz bendita dentro da minha alma dizendo assim: “Multiplica o meu pão...”

O pão do corpo eu via multiplicado na eucaristia, e não faltaram ações da igreja e dos governos para que esse pão que nutre as células fosse multiplicado e distribuído entre os famintos.
Secretamente algo me dizia, que o pão a ser multiplicado era outro.

Em minhas preces sempre pedia clareza de ideias para discernir sobre a intrigante multiplicação que fustigava meu ser.

O tempo foi passando, e o trabalho acontecendo e em momento de grande emoção senti a alegria do mais singelo aprendizado.

A multiplicação dos pães e dos peixes, como narra João, impressiona nossos sentidos humanos e nos surpreende pelo entendimento de um milagre.

Não obstante, isso seja verdade, o pão que Jesus ainda hoje multiplica aos milhões é o seu evangelho, que nutre o espírito, dando-lhe vida nova.

O pão da eucaristia, na verdade, representa o pão que liberta e capacita o espírito humano, e esse alimento é a educação.

Educação no lar, educação nas escolas, educação em toda forma de expressão religiosa.
Jesus é o nosso Divino Educador, e nos pede que promovamos o milagre da multiplicação do amor e da educação.

As crianças e jovens desses dias carecem dos processos mais rudimentares de educação para sua evolução como seres humanos, e também como almas a caminho de Deus.
As questões educativas vinculadas à saúde, as questões éticas morais, vinculadas ao espírito necessitam ser urgentemente tratadas.

Agradeço a Jesus o pão espiritual que me alimenta e dá forças para prosseguir.
Necessitamos unir forças para atender ao chamado do Cristo, que nos pede multiplicar a educação em todos os seus aspectos.

Multiplicar amor, multiplicar perdão, multiplicar a tolerância, para que o evangelho se multiplique em nós.

O amor de Jesus nos dotou da capacidade de sermos todos multiplicadores de luz.
Não existe ninguém, que não possa dar um bom exemplo, uma boa palavra.

A multidão de crianças e jovens está assentada, como naquele dia no monte, e Jesus nos pede dedicação e amor para que a educação possa saciar a “fome” de vida que todos têm.
Educar, é dar pão e peixe as crianças e jovens, como Jesus faz por nós ainda hoje.

Zilda Arns

Mensagem de Dra. Zilda Arns psicografada pelo médium Adeilson Salles.

Mais sobre Adeilson Salles no link : https://goo.gl/BtVL6l





quinta-feira, 23 de março de 2017

SOMOS SERES ESPIRITUAIS - BEZERRA DE MENEZES POR JOSÉ CARLOS DE LUCCA




Mensagem de Dr. Bezerra de Menezes por José Carlos De Lucca - Somos Seres Espirituais 

Confira o vídeo abaixo  :


       

quarta-feira, 22 de março de 2017

EM PROVAÇÃO - BEZERRA DE MENEZES POR ADEILSON SALLES

  



            
"Filhos da minha alma...

O mar da vida segue encapelado e as ondas da provação humana se sucedem. São muitos os ignorantes das verdades espirituais que são tragados pelo egoísmo, que só faz crescer nos dias atuais.

Ali é um esposo que deserta dos compromissos assumidos. Mais além é um filho que se arroja aos vícios, perdendo a vida na dependência química das ilusões. Acolá é a esposa que se perde nos convites tormentosos. E nesse instante doloroso os corações invigilantes são arrebatados do melhor caminho.

Embora tudo pareça desolação e tempestade, Jesus segue firme como timoneiro amoroso na vida das criaturas. Ele segue no leme, mas somos nós que elegemos para nossa vida o oceano de ventura ou de tormentas. Nada segue à revelia das leis celestiais.

Não existe um único coração que se encontre desgarrado das ovelhas escolhidas. Onde os olhos e os interesses humanos enxerguem o caos tudo está sob controle na ordem do livre arbítrio de cada um. Estamos todos na mesma nau!

Confiemos e trabalhemos para que nossa embarcação cruze a tempestade para os mares de bonança. Abracemos o evangelho por rota segura confiando no amor do Pai. Façamos da caridade o estandarte da nossa vida, para nos protegermos do egoísmo que ainda atormenta os corações.
         
Confiando e trabalhando, perdoando e amando, haveremos de vencer as tormentas provacionais que assolam a humanidade. Onde o amor prevalece a paz se estabelece. Estejamos unidos para que Jesus esteja em nossos corações e juntos aportemos no mundo renovado.
            
São os votos do meu coração paternal.

Do servidor humílimo de sempre...

Bezerra de Menezes."

Mensagem do Dr. Bezerra de Menezes psicografada pelo médium Adeilson Salles.

Mais sobre Adeilson Salles no link : https://goo.gl/BtVL6l





            

segunda-feira, 20 de março de 2017

QUAL É O MOMENTO DA REENCARNAÇÃO? - DR. RICARDO DI BERNARDI


Trecho extraído do livro "Gestação; Sublime intercâmbio" do autor e homeopata Dr. Ricardo Di Bernardi.

"SE O ÓVULO EM GERAL É UM SOLITÁRIO à procura de um companheiro ideal, os pretendentes à sua posse definitivae à união completa são muitos.
Trezentos ou mais de duzentos milhões de espermatozoides, uma população igual a de muitos países somados se acotovelarão na busca desenfreada de um só troféu. Diz a biologia que o mais apto vence
a corrida e fecunda o óvulo. Mas, como mais apto? Por que, às vezes, um espermatozoide portador das mais profundas anomalias genéticas supera todos os demais? Estudando a ciência espírita, encontramos a resposta satisfatória para esse “capricho do acaso”.

Genes e magnetismo

Cada espermatozoide traz, em seu bojo, os cromossomos que contêm os genes para todas as características físicas do novo corpo a ser formado. Os genes, moléculas de DNA, são partículas de altíssima complexidade.

Os espermatozoides, conforme os genes que transportam, têm uma vibração energética peculiar. Conforme o padrão genético que levem, emitem uma frequência de onda correspondente.

Dizemos que possuem uma aura energética peculiar ao que carregam. O óvulo, como toda célula viva, possui um campo de fluido vital ao seu redor. Esse fluido vital, ou energia vital, é um campo de força que atrai as energias da entidade reencarnante. O Espírito, ou seja, a entidade reencarnante liga-se ou se prende ao fluido vital (bionergia) do óvulo.

Dessa forma, o óvulo passa a irradiar ou a refl etir as vibrações do espírito. Há um intenso halo de energia que se projeta ou irradia do óvulo, que agora está imerso nas vibrações do espírito. Esse campo de força ou halo energético passa a atrair, por sintonia de onda, aquele espermatozoide
que contém os genes que ele necessita, ou seja, que ele merece.

Conforme o carma da entidade espiritual, expresso pelas suas matrizes perispirituais e refl etidas no óvulo, são atraídos os genes que se afinizam com a mensagem energética, transmitida inconscientemente pelas unidades vibratórias do perispírito e recebidas pelas moléculas de
DNA (ácido desoxirribonucleico) do espermatozoide correspondente. São quase 300 milhões de opções diferentes de organismos biológicos apresentadas pelos espermatozoides. Razão por que somos tão especiais ou diferentes uns dos outros. Esse aparente desperdício é a sábia lei da natureza, fornecendo múltiplas opções para que a justiça divina se cumpra por meio das leis biológicas.




Herança cármica

Inconscientemente, eis que o espírito reencarnante que semeou livremente nas vidas passadas e gravou os registros dessa semeadura no seu perispírito, agora impregna o óvulo materno pelas vibrações do seu merecimento e recebe no espermatozoide a colheita obrigatória!
O gameta masculino, adequado às suas necessidades cármicas, é rapidamente como que “puxado” por sintonia magnética para o óvulo e ocorre a fecundação ou concepção. Não é pois o “acaso biológico” que determina que um espermatozoide fecunde o óvulo, mas a lei de retorno, da colheita obrigatória, ou lei de ação e reação.

Espermatozoide mais apto, portanto, é aquele que mais sintoniza com as vibrações do nosso personagem, o espírito reencarnante já imantado ao óvulo.

No entanto, até esse momento não houve a Reencarnação propriamente dita. A união do espírito reencarnante ligando-se diretamente às moléculas físicas dá-se no instante em que ocorre o grande choque biológico: a penetração do espermatozoide no interior do óvulo.

No momento da fecundação, milhões de átomos e moléculas das duas células entram em fervilhante atividade organizada. Essa grande atividade, verdadeira explosão de fenômenos, ocorre em uma maravilhosa orquestração regida pela sabedoria universal. Nesse instante solene, o da concepção, as moléculas do corpo espiritual do espírito reencarnante entram, por assim dizer, na intimidade da célula-ovo. Inicia-se assim, nesse instante, em termos físicos, a reencarnação propriamente
dita.

A grande “explosão” de reações entre o espermatozoide e o óvulo e a interação entre seus campos áuricos é que propicionou a abertura energética para a fixação dos fluidos perispirituais do nosso personagem às moléculas orgânicas. Foi necessário um momento específico para oportunizar a abertura do campo para a outra dimensão interpenetrar a matéria."

Dr. Ricardo Di Bernardi




Adquira o livro no link : https://goo.gl/Hs3j4M
Mais sobre Ricardo Di Bernardi : https://goo.gl/KsDJwZ

terça-feira, 14 de março de 2017

PEQUENAS ATITUDES, GRANDES EXEMPLOS : NAS BENÇÃOS DE CHICO XAVIER.


Compartilhamos aqui uma das experiências do autor Antonio Demarchi com Chico Xavier descritas em seu livro " Nas bençãos de Chico Xavier".

"Era uma noite de intenso calor em Uberaba. Chico e Waldo
encontravam-se em trabalho de psicografia e, para amenizar a temperatura, deixaram a janela aberta. Absortos na tarefa mediúnica, não perceberam que entrou um pequeno besouro pela janela, indo imediatamente para o lado da mesa de Waldo, que ao ouvir o zumbido do inseto, interrompeu a psicografia e tentou afastar o pequeno intruso com um tapa.

Assustado, o pequeno animal desapareceu, mas apenas por instantes. Depois de alguns minutos, voltou insistente para a mesa do companheiro do Chico, que desferiu outro tapa no besouro. Se foi atingido ou não, não se sabe. A verdade é que o pequeno animal
desapareceu novamente.

Waldo ficou ainda alguns minutos observando onde teria se escondido o importuno visitante noturno. Depois desistiu, voltando
à psicografia. Passados alguns minutos, novamente, ouviu-se o zumbido no ar e dessa vez o visitante foi para a mesa certa. Aproximou-se do Chico e pousou em sua mesa. Curioso, Waldo ficou observando o que seu companheiro de psicografia faria com o pequeno inseto. Chico olhou para o minúsculo animal, deu um sorriso e com delicadeza pegou-o com uma das mãos, levantou-se e se dirigiu até a janela, e com cuidado o devolveu para a escuridão da noite, dizendo com um sorriso:

— Vá com Deus, meu irmãozinho! Se hoje você não desencarnou
nas mãos de Waldo, talvez seja porque você ainda tenha que
cumprir alguma coisa em sua vida!

E impávido, retornou para sua mesa, dando prosseguimento ao
trabalho de psicografia da noite.
* * *
Muitas pessoas entendem que os grandes gestos é que são importantes. Não negamos absolutamente a veracidade dessa afirmação. Grandes e nobres gestos são características de pessoas que tem grandiosidade de ideais e objetivos altruístas.
Todavia, pode-se avaliar o caráter de muitas pessoas pelos pequenos gestos.

Uma pessoa que acaba de tomar um refrigerante dentro do carro e
joga na rua a lata vazia demonstra total falta de educação e civilidade.

Não dar passagem a um pedestre, a uma pessoa idosa, a uma
gestante ou a uma pessoa portadora de necessidades especiais
demonstra, além da terrível falta de educação, a completa falta de
consciência de si mesmo e de respeito para com o próximo.

Responder aos gritos, proferir palavrões em vias públicas, sinalizar
com gestos obscenos no trânsito, destruir o bem público, emporcalhar as vias de circulação de uso comum, tudo isso demonstra também, além da falta de educação e de consciência, terríveis e lamentáveis deformidades morais.

Maltratar animais indefesos, infligir aos nossos irmãos inferiores sofrimento desnecessário, submetê-los a torturas gratuitas apenas por diversão demonstra no indivíduo que assim age, perigoso desvio de comportamento e personalidade. “Maltratar os animais é indício de mal caráter”, já dizia um ditado antigo.

Precisamos, acima de tudo, ter respeito com nosso próximo, com os mais necessitados e principalmente com nossos irmãos inferiores que são indefesos. São pequenas atitudes de respeito, até com os insetos, que demonstram a delicadeza do espírito, seu grau evolutivo e seu estado de consciência diante da criação.

Francisco de Assis respeitava o ser humano, maravilhava-se com a grandiosa obra do Criador, respeitando a natureza. Nutria carinho especial para com os animais, com os insetos, com as plantas e até com os elementos da natureza.

Seu estado de consciência e seu estado de evolução espiritual eram demonstrados a todo instante nas grandiosas atitudes altruístas do Pobrezinho de Assis, bem como nos mínimos gestos de respeito aos pequeninos seres que rastejavam pelo chão.

Chico Xavier não era diferente! Ele sempre nutriu sentimento de amor, carinho e respeito aos animais. Chico se condoía ao ver um animal maltratado ou abandonado.

Havia um formigueiro no quintal da casa onde Chico morava em Uberaba. As formigas em sua faina trabalhadora começaram a devorar as verduras e legumes da horta, que serviam para o preparo da sopa dos pobres. Os colaboradores da casa, ao verificarem o estrago que as formigas produziam, comentaram a necessidade de comprar veneno para acabar com o formigueiro.

Ao ouvir o comentário, Chico ficou pensativo e preocupado, então decidiu conversar com as formigas. Dirigiu-se à abertura do formigueiro onde as diligentes trabalhadoras entravam e saíam ininterruptamente. Observou-as penalizado. Fechou os olhos, respirou bem fundo e em seguida falou às formigas na entrada do
formigueiro:
— Minhas irmãs formigas, vocês também são criaturas de Deus
e por isso tenho por vocês o maior respeito. Vocês não sabem,
mas estão prejudicando muitas pessoas pobres, porque estão destruindo a horta que auxilia na alimentação de pessoas necessitadas!
Vocês têm que parar com isso.
Depois destas palavras, orou baixinho pelas formigas. Em seguida
resolveu dar uma sugestão ao formigueiro, dizendo:
— Por que vocês não vão para o outro lado da horta, onde tem
um terreno com muitas plantas verdes e grama, além de árvores
que a natureza colocou à disposição de todos? Lá vocês poderão
se fartar sem prejudicar ninguém! Mudem-se para lá e nos deixem
em paz, pois, caso contrário, haverá pessoas que virão com veneno
e vocês todas serão mortas!

Dizendo isso, levantou-se e retornou ao seu trabalho. Para surpresa
geral, no dia seguinte as pessoas observaram que as formigas
realmente haviam deixado o formigueiro e desaparecido.
Ficou apenas uma formiga, que Chico chamou de Subversiva!
Chico Xavier era mesmo um iluminado. 

Tinha atributos espirituais que superavam em muito seus pequenos defeitos, que ele os tinha, mas ficavam tão insignificantes diante de sua aura de amor e sensibilidade em favor dos seres humanos e dos animais.
Amor, sensibilidade, respeito, carinho, amizade, simplicidade,
humildade, trabalho, dedicação, caridade, disciplina e muita boa
vontade. 

Tudo isso se resumia em apenas um nome: Chico Xavier!
Sem endeusamento, sem culto à personalidade, sem firulas nem
rapapés, simplesmente Chico! "

Antonio Demarchi.


Adquira o livro no link : https://goo.gl/PhgdGj

Mais sobre Antonio Demarchihttps://goo.gl/T7S6WK

segunda-feira, 13 de março de 2017

JOANNA DE ÂNGELIS: UM EXEMPLO DE MULHER NA EVOLUÇÃO DOS TEMPOS


Uma das mulheres vem mantendo, de forma comovedora, sua fidelidade ao Cristo há mais de 2000 anos, desde o início da Era Cristã,quando ela, na personalidade de Joana, esposa de Cusa, intendente de Ântipas, acompanhava as pregações do Mestre às margens do lago de Cafarnaum. 

Ela possuía a verdadeira fé, mas vivia atormentada com as amarguras domésticas, porque o seu companheiro de lutas não aceitava as claridades do Evangelho, o esposo não tolerava a doutrina do Mestre. Atendida fraternalmente por Jesus, é aconselhada a “amá-lo ainda mais”, recomendando-lhe permanecer sempre fiel. 

No ano de 68, “quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas”, Joana de Cusa é submetida ao poste do martírio e, quando desafiada pelos verdugos a abjurar a sua fé, que lhe diziam: - O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer? Ela, reunindo todas as suas forças, responde:- Não apenas a morrer, mas também a vos amar!... É neste momento decisivo que ela escuta a voz carinhosa e inesquecível:- Joanna, têm bom ânimo!...Eu aqui estou...
            
Mais de 1500 anos depois vamos encontrá-la reencarnada no México, em San Miguel Nepantla. Que perfil nos interessa nessa encarnação dessa fidelíssima servidora do Cristo? Um escritor, poeta e crítico mexicano, Octavio Paz, escreveu um livro de 709 páginas para fazer uma espécie de ressurreição da vida  e do mundo de Juana de Asbaje Y Ramírez de Santillana, nascida em 12 de novembro de 1651. 

Foi uma mulher inteligente, que desde menina pedia à mãe para vesti-la de homem para ela poder ir a Universidade. Era a necessidade do saber, do conhecimento, certamente preparando-se para as tarefas do futuro.É nesse estágio reencarnatório que aprende, sozinha, o idioma português.
            
Aos 16 anos entra para a Ordem das Carmelitas Descalças, mas não suporta a vida ascética. Aos 18 anos, então,tomou o véu de noviça no Convento de São Jerônimo, e adota o nome de Sóror Inês de la Cruz. Tinha enorme biblioteca- era conhecida como a monja da biblioteca. Juana nasceu numa época de grande restrição à mulher. 

Teve vários perseguidores, que não aceitavam a sua excepcionalidade: a de seu sexo e de sua superioridade intelectual. Um deles foi o Arcebispo da Cidade do México, Aguiar y Seijas, cuja misoginia o levava a propagar que caso uma mulher entrasse em sua casa, mandaria trocar o piso.
            
O que marcou a reencarnação de Sóror Juana Inês de la Cruz foi sua constante preocupação pela situação da mulher, especialmente a mexicana, a qual era totalmente marginalizada, levando-a promover um movimento, tornando-se, então, a primeira feminista das Américas. 

Foi poeta e musicista. Houve um instante de inquietação em sua vida , quando interrogou:onde está a felicidade? Orando, e fazendo profunda reflexão, lembrou, talvez, que deveria proceder como o moço rico da parábola evangélica. Precisava dar tudo o que tinha e dedicar-se aos pobres, à caridade. 

E é o que faz a partir daí. Em abril de 1695, grave epidemia varreu o México, ceifando inúmeras vidas, entre elas a de Sóror Juana Inês de la Cruz, aos 44 anos de idade, em 17.04.1695.
            
Sessenta e seis anos depois renasceria no Brasil, em 11.12.1761, e seria a personalidade Sóror Joana Angélica de Jesus. Seus registros terrestres não explicam a sua renúncia ao mundo e a opção pela clausura de um mosteiro da ordem contemplativa. Só os registros das vidas passadas, desde 68 d.C., COMO Joana de Cusa, passando pela religiosa Juana Inés de la Cruz, podem explicar essa opção, pois aos 21 anos ingressou no Convento da Lapa, em Salvador, BA., fazendo profissão de irmã das religiosas reformadas de Nossa Senhora da Conceição da Lapa e , por incontáveis méritos,chegou a Abadessa em 1815. 

Em 20.02.1822 ela desencarna, trespassada por uma baioneta, enfrentando às portas do Convento, os soldados do Brigadeiro Madeira, nomeado por Portugal para pôr fim ao movimento de independência. Seria a Heroína da Independência do Brasil.
           
 No mundo espiritual, 40 anos após a sua desencarnação no Brasil, ei-la na França, ao lado de Allan Kardec, colaborando com a Codificação Espírita. Imaginamos o número incalculável de Espíritos que se ofereceram para colaborar com o advento da Terceira Revelação! E ela foi um dos escolhidos. 

Em abril de 1864, ao lançar em Paris a terceira obra da Codificação Espírita, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec insere duas mensagens desse Espírito, que se assina Um Espírito Amigo: um texto sobre A Paciência , no capítulo IX, item 7 e outro capítulo XVIII, item 15,Instrução dos Espíritos, intitulado Dar-se-á Àquele que Tem, ambos ditados em 1862 nas cidades francesas de Havre e Bordéus, respectivamente.
            
Continuando a sua trajetória iluminativa, em 1948 ela revela-se ao médium Divaldo Franco, assinando suas primeiras comunicações como Um Espírito Amigo e, mais tarde, em 1956, solicitada pelo médium a identificar-se, pede que seja chamada de Joanna de Angelis, passando a desenvolver a sua grandiosa tarefa, conhecidíssima em todo o Brasil e no Exterior, agora verdadeira Heroína da Independência do Homem, para liberta-lo do materialismo.
            
Há, dentro de suas existências na Terra, um ponto que gostaria de realçar. Quando em 1970 Divaldo Franco visitou o Monastério de Santa Clara, em Assis, na Itália, o Espírito Joanna de Angelis,diante do corpo em conservação de Clara de Assis, desvela um outro ângulo de suas existências. 

Esse momento, em nosso entendimento, revela sua reencarnação como Clara de Assis, no século XII, na cidade de Assis , na Itália. Relatam seus biógrafos que durante a gestação, sua mãe tinha medo, era o primeiro filho. Um dia correu à igreja . Lá ouviu uma voz: “não tenhas medo, com felicidade serás mãe de uma menina, e esta filha há de aclarar o mundo com o seu esplendor”.

Finalmente, no dia 16.07.1194, o castelo dos Condes de Favarone e Hortolona comemora o grande momento:o nascimento de sua primogênita. A mãe insistiu em chamar-lhe de Clara, pois em seus ouvidos soava a promessa: ela há de aclarar o mundo inteiro com o seu espelendor...
             
No ano de 1211, com 17 anos, ouviu um jovem de 29 anos pregar a Quaresma na Catedral de Assis e ficou arrebatada, não apenas com a eloqüência da palavra , mas com o gesto da vida daquele jovem. O jovem era Francisco de Assis(26.09.1182 – 04.10.1226), que desde o ano de 1206 havia criado um grande impacto em sua cidade natal. 

Jovem rico, filho do grande comerciante Pedro Bernadone que, de repente, após retornar da guerra, no sul da Itália, passara a pregar o desapego às coisas materiais e o amor à mais absoluta pobreza.
          
  Em 18.03.1212, Clara toma uma decisão: abandonar a família e seguir Francisco, o que consegue. Mais tarde ela se tornaria a primeira mulher franciscana e, com ela, nasceria a Segunda Ordem Franciscana, a das mulheres. Em 15.08.1253, ela desencarna aos 59 anos, após uma vida de prodígios e dedicação aos pobres.
           
 Identificamos dias interessantes e significativas conexões reencarnatórias entre Clara de Assis e Joanna Angélica de Jesus: Em 1241, a Itália é invadida por Frederico II, com bandos armados à busca de riqueza e aventuras e chegaram à cidade de Assis.

 Clara enfrenta  a soldadesca com a imagem do Santíssimo Sacramento na mão, na porta do Mosteiro, defendendo as irmãs de ideal e a cidade; em 20.02.1822(581 anos depois) ela enfrentaria, às portas de outro Mosteiro, o da Lapa, em Salvador, os soldados do brigadeiro Madeira, comandante das tropas portuguesas.
            
As tradições relatam comovedor momento, narrado por Divaldo Franco em suas palestras, envolvendo essas duas elevadas almas, a de Clara e a de Francisco: numa tarde de inverno, ambos voltavam de Espoleto para Assis. A neve cobria o caminho, vestia as oliveiras...É quando Francisco declara: - Irmã devemos nos separar aqui. – E quando tornaremos a nos encontrar, irmão? Pergunta Clara. – Quando a primavera chegar com suas flores, responde Francisco. 

E separaram-se. Francisco faz um sinal da cruz e desaparece como que diluído na neblina. Clara ajoelha-se na brancura do caminho, enquanto, em Assis, os sinos repicavam. E de repente... Uma carícia primaveril a envolveu. Abriu os olhos. 

A neve sumira. Por toda parte rosas. Rosas à beira dos caminhos. Rosas nas oliveiras e ciprestes. Rosas na amplidão. Por toda parte rosas. Colheu-as às braçadas e correu ao encalço de Francisco, gritando: - Irmão, irmão,a primavera voltou. Não nos separemos mais...
           
 A união entre Joanna de Ângelis e Jesus; dela com Francisco de Assis ecom o médium Divaldo Franco, em séculos de vínculos fraternais e de labor em benefício da humanidade , é o exemplo máximo, a excelência da harmonia íntima, da mensagem da eterna amorosidade. 

Certamente que, para lograrmos esse estado de harmonia que os atingiu, é preciso que semeemos rosas sem espinhos à beira dos caminhos,dos nossos caminhos redentores e com todos aqueles com quem nos encontrarmos e então, também nós, um dia, quando conseguirmos construir a primavera definitiva, na história de nossas vidas, nunca mais nos separemos de Deus e de suas Leis.

Adilton Pugliese
( Artigo retirado da Revista Presença Espírita de números 238- set/out de 2003 e 239 – nov/dez de 2003 )

quinta-feira, 9 de março de 2017

CHAKRA CORONÁRIO ( SAHASRARA NO ORIENTE)




centro de força coronário está situado no alto da cabeça. Tem conexão direta com a glândula pineal a que corresponde no corpo físico. É conhecido como “lótus de mil pétalas,” por ser formado de um grande número de pás que giram intensamente. É constituído por um conjunto de 972 pétalas sendo 12 no centro e 960 na periferia (dado subjetivo, conforme sentem ou percebem os clarividentes). 


Sua cor varia muito conforme o grau  de evolução do Espírito, embora  o  azul ou azul-violeta  seja mais comumente referido. 

O desenvolvimento espiritual faz com que o coronário passe a captar as energias (vibrações) do mundo mental ao invés do mundo astral.


Os antigos cristãos, hindus, chineses, egípcios, tibetanos e outros monges raspavam a cabeça como símbolo do caminho aberto para receberem a luz do alto. Com o tempo a Igreja reduziu  a raspagem para a ”tonsura”, um pequeno círculo raspado feito no alto da cabeça antes do sacerdote receber a ordem “ostiária”, ou ordem menor. Significando que  abandonaria a materialidade se tornando “clérigo, que significa “escolhido”.

O chakra coronário é o sintonizador das ondas do plano mental, recebidas por telepatia. Assim, capta:

1- Ondas mentais de espíritos desencarnados, expressando pela voz, ou seja, pela psicofonia consciente; ou pela escrita, ou seja psicografia consciente. A onda mental ao ser  captada pelo coronário é direcionada para a glândula pineal que a envia para o córtex cerebral, onde essa onda é transformada em raciocínio no nível do córtex. Essa captação pode ser aceita e retransmitida, rejeitada ou alterada pelo modo de pensar do médium.

2- Ondas mentais da “noosfera”. Noosfera é o campo ou região do universo onde circulam as correntes de pensamento ou “noúres”. Estudos sobre noosfera e noúres, podem ser encontrados nos escritos de Pietro Ubaldi e Teilhard de Chardin.
​ ​
 3- Ondas mentais de espíritos encarnados, pessoas do nosso mundo físico. Quando claramente percebidas constitui a telepatia comum.

É importante fixarmos o conceito de que os médiuns recebem pelo coronário as ondas mentais, portanto são comunicações intuitivas, telepáticas. O Espírito comunicante pensa, em qualquer idioma, digamos chinês, o médium capta através do chakra coronário a onda mental, daí a onda segue para a pineal e em seguida para o cérebro  ( córtex). No córtex,  o médium registra o pensamento em sua própria língua, digamos português, e o transforma   em palavras e frases com seu próprio vocabulário. Não há necessidade, neste tipo de comunicação, de proximidade em termos de distância física, entre o espírito comunicante e o médium. Podem estar a milhares de quilômetros de distãncia, se houver sintonia haverá  o recebimento da comunicação, mas as palavras, os termos, o vocabulário, sotaque e  até construções fraseológicas são do médium.  Isto constitui a psicofonia consciente, a popular incorporação.  Esta mensagem também poderia ser captada pelo mesmo processo, mas ao invés de ser falada, psicofônica, poderia ser escrita,  uma psicografia não-automática, ou psicografia consciente.

Desta forma, se compreende que dois ou mais médiuns podem captar uma mesma mensagem por sintonizar com um Espírito que está emitindo à distância um pensamento. Além de ambos reproduzirem,  cada médium poderá dar, automaticamente,   sua vestidura pessoal a mensagem, isto precisamos entender como um fenômeno normal, deve ser respeitado, porém, estejamos nós ​
cientes que, nem sempre o Espírito se expressaria exatamente daquela forma...


Dr. Ricardo Di Bernardi
Homeopata

quarta-feira, 8 de março de 2017

Definindo MULHER


Aqui replicamos um lindo texto de nosso autor Rossandro Klinjey em homenagem ao dia internacional da mulher, confira e ilumine-se!
"O que seria definir alguém, quando percebemos que isso por si só reduz a gama de expressão de um ser, em toda sua complexidade e possibilidade. Ao mesmo tempo, caso ainda assim queiramos ousar definir, o quem vem a ser o feminino, qual acepção seria certa? Como não pecar por estereótipos como: doçura, beleza, subserviência, sexualidade, compaixão, ou também força, ambição, destemor, grandeza, altivez… Quando estaríamos certos ou errados? O que é patente é que sobre a mulher se lança tantas expectativas, tantas exigências que qualquer tentativa de alcançar todos esses papéis levaria a loucura.
A verdade é que se colocam padrões ou metas para as meninas, obrigando-as a preencher esses critérios, de forma implícita ou explícita. Mas, quem faz essas escolhas e como se encaixar nessas formas? Vale a pena? Qual o custo de encaixar-se e ser “aceita” ou ser você mesma e ser “rejeitada”?
E mais, a construção de uma identidade é individual ou coletiva? Essa é uma discussão presente nas ciências do comportamento, que sem dúvida nos leva a uma grande verdade: jamais uma única variável dará conta de definir um fenômeno tão complexo. Por isso, não há como negar que qualquer experiência pessoal, por mais rica e única, acontece em meio a um ambiente histórico e cultural do qual não podemos fugir. Ainda assim, constatar tal influência do ambiente não anula a forma singular como cada ser e, no caso, cada mulher vive sua vida, de tal modo que qualquer definição deve levar em consideração que ser mulher é fruto de uma visão de mundo inclusiva, na intersecção de múltiplos elementos e possibilidades, e que se expande sempre, mesmo que uns não queiram, mesmo que se tente sabotá-las.
Por conseguinte, a mulher não pode estar presa às muitas pressões da família, dos amigos, dos companheiros e da sociedade que tentam transformá-la numa figura idealizada. Quando as mulheres tentam atender a todos esses papéis, desenvolvem uma forte sensação de inadequação e de incapacidade, pois ninguém atingirá o ideal.
Definições são sempre perigosas, pois não levam em consideração as particularidades de cada ser, de cada mulher, de tal modo que ela jamais expressará todo seu potencial e plenitude, se tentar alcançar os padrões que lhes são impostos. Será bem mais viável e simples seguir a própria intuição, ouvindo a si mesma e ao seu coração, lembrando que todas têm seus próprios talentos, seu próprio conjunto de características individuais, que são uma espécie de bússola. Seguir o coração não é tarefa fácil, especialmente quando ele não se encaixa no molde do que a sociedade considera “feminino”.  No entanto, é bem mais doloroso e destrutivo seguir o que os outros preconizam como sendo o correto, o desejável, o ideal, pois isso significa abrir mão de sua própria essência.
Hoje as mulheres estão mais confiantes e mais capazes, o que tem assustado alguns homens e instigado a outros. Elas escolhem o próprio futuro, definem metas, mas certamente muitas se veem presas entre o modelo das avós, no passado, ou, no presente, e nas expectativas futuras. Talvez por isso o significado do ser mulher seja, em muitos aspectos, ambíguo. 
Sem definições sim, mas para que serviriam?
O SER MULHER encontra significado na doçura que as levam a ajudar e colaborar, mas também na força de suas próprias buscas e metas.
Sem definições, finalizo com uma só feliz constatação de que, cada vez mais, as mulheres deixam de se envergonhar por lutarem e conquistarem sua própria felicidade. Que tal conquista não compete com os filhos, maridos ou qualquer ou papel que desejem assumir, ao contrário, inspira a todos nós."
Rossandro Klinjey.
Conheça mais sobre Rossandro Klinjey nos links:



quinta-feira, 2 de março de 2017

O QUE A PORTA ESTREITA TEM A VER COM O CAMINHO DO MEIO?


Caminho do Meio : A saga de alcançar o equilíbrio

Sempre ouvimos falar sobre o conceito do “caminho do meio”. A saga de alcançar o equilíbrio parece muito distante, quase inatingível. No meu coração, sinto ser uma conquista para séculos, milênios talvez. No entanto, só de passear pelos insights a que esta compreensão nos convida, vejo o abrir de caminhos para novas aventuras a desvelar ali, logo mais...
Certa vez, pela graça de conhecer um grande amigo de minha mãe, ele concedeu-me uma breve explicação a respeito do significado da “porta estreita”. Esta conversa, por sua vez, levou-me a tatear os primeiros raios do amadurecimento para compreender a famosa figura de linguagem proposta por Jesus Cristo, e sua ligação com o “caminho do meio” ensinado por Buda.
Vamos a um exemplo: entre os extremos de viver 100% uma atitude de auto-exigência comigo mesma, ou de viver em 100% de relaxamento, reside o famoso “fifty-fifty” – 50%/50%. Este amigo me disse que compreendeu ser a porta-estreita o alcance desse perfeito equilíbrio: se sou 51% exigente e 49% relaxada, ainda não estou sob o fio do “caminho do meio”.
ESPÍRITO X MATÉRIA
Uma reflexão que deriva disso é a compreensão da vivência da Espiritualidade na matéria. Coloquemos como extremos a nossa relação com o mundo material; e no outro lado, o contato intenso com a Espiritualidade. Seria a porta estreita o equilíbrio entre um e outro? Viver a matéria como meio e não um fim em si e, no entanto, valer-se dela com excelência para, no contato santificado com seus acertos e revezes, experenciar, aprender e usufruir de seus ensinamentos para a evolução do espírito?
Será que uma pessoa que apenas dedica-se à Espiritualidade, e esquece da lida no dia a dia, ignora a pia cheia de louça, as contas a pagar, a família em sofrimento, não está caminhando pela “porta larga da perdição”? Por que será tão desafiador seguir o caminho do equilíbrio, e assentar-nos em paz sobre o fio estreito do caminho do meio?
São perguntas para as quais ainda não encontrei respostas. Mas esse início de flerte com tais conceitos, vez por outra, retorna à minha mente. E me faz ficar atenta a reconhecer onde e quando estou me demorando demais em exageros, presa aos extremos do pêndulo das polaridades.
LEIS HERMÉTICAS
Aqui, uma vez mais, recorro às leis herméticas, de autoria do filósofo egípcio, Hermes Trismegisto (1330 a.C.). São sete, no entanto, três delas chamam a atenção no diálogo aqui proposto:
· LEI DA CORRESPONDÊNCIA: "Aquilo que está embaixo é como aquilo que está em cima, aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo".
· LEI DA POLARIDADE: "Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliáveis".
· LEI DO RITMO: "Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação".
Assim, me deparo com a sensação clara de que todos os cenários que se configuram em nossa vida são sagrados. São amor em expressão, ainda que alguns deles estejam orientados, temporariamente, para um sentido de desamor. No entanto, na negação do mesmo, reforçam sua existência.
UM PASSEIO PELAS POLARIDADES
Sentindo em silêncio, vislumbro que o passeio pelas polaridades é como um exercício para alcançar o amadurecimento na vivência da Unidade – lá, onde ‘os extremos se tocam’ e os paradoxos mostram-se ‘reconciliáveis’.
Viver o “Amor em Movimento” é permitir-se expressar nossa verdade interna, momento a momento. Tendo sempre em vista a validação de nossas pulsões instintivas, atentos às reações indesejadas e ainda infantis – que, no entanto, têm sua função e proposta de aprendizado.
Por outro lado, viver o “Amor em Movimento” é, também, divisar as luzes da Espiritualidade. É antever a luz extrema que, nesta Terra, nos cegaria. Mas que nos acena, de longe, com as potências de um ambiente que, por hora, podemos apenas vislumbrar.
Qual o ponto de equilíbrio entre a natureza instintiva e a angelitude insondável do mais além? Vem, Carl Gustav Jung, me dá a mão! Mostra para mim, em tua humanidade doce, pontuada de sagrados vislumbres, o caminho a seguir.
Com a síntese que apenas as mentes brilhantes alcançam, o nobre psicanalista nos responde: “Qualquer árvore que queira tocar os céus, precisa ter raízes tão profundas a ponto de tocar os infernos”.
VIAJAR LEVE
Nesse vai e vem entre extremos, passeamos por cenários mil – todos abençoados. Para nós, enquanto seres habitantes do mundo de polaridades, o foco na busca do caminho do meio parece ser a rota mais segura para quem deseja viajar leve pelas espirais da existência. No pêndulo das possibilidades, a busca da porta estreita configura-se como nosso mais sagrado objetivo.
Quimera? Talvez. Mas para que serve a utopia? Eduardo Galeano nos responde: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.
No melhor estilo Dory, amiga do peixinho Nemo, despeço-me com sua preciosa filosofia: “Continue a nadar!” ;)
(Daniela Migliari – Brasília, 27 de janeiro de 2017)