terça-feira, 14 de março de 2017

PEQUENAS ATITUDES, GRANDES EXEMPLOS : NAS BENÇÃOS DE CHICO XAVIER.


Compartilhamos aqui uma das experiências do autor Antonio Demarchi com Chico Xavier descritas em seu livro " Nas bençãos de Chico Xavier".

"Era uma noite de intenso calor em Uberaba. Chico e Waldo
encontravam-se em trabalho de psicografia e, para amenizar a temperatura, deixaram a janela aberta. Absortos na tarefa mediúnica, não perceberam que entrou um pequeno besouro pela janela, indo imediatamente para o lado da mesa de Waldo, que ao ouvir o zumbido do inseto, interrompeu a psicografia e tentou afastar o pequeno intruso com um tapa.

Assustado, o pequeno animal desapareceu, mas apenas por instantes. Depois de alguns minutos, voltou insistente para a mesa do companheiro do Chico, que desferiu outro tapa no besouro. Se foi atingido ou não, não se sabe. A verdade é que o pequeno animal
desapareceu novamente.

Waldo ficou ainda alguns minutos observando onde teria se escondido o importuno visitante noturno. Depois desistiu, voltando
à psicografia. Passados alguns minutos, novamente, ouviu-se o zumbido no ar e dessa vez o visitante foi para a mesa certa. Aproximou-se do Chico e pousou em sua mesa. Curioso, Waldo ficou observando o que seu companheiro de psicografia faria com o pequeno inseto. Chico olhou para o minúsculo animal, deu um sorriso e com delicadeza pegou-o com uma das mãos, levantou-se e se dirigiu até a janela, e com cuidado o devolveu para a escuridão da noite, dizendo com um sorriso:

— Vá com Deus, meu irmãozinho! Se hoje você não desencarnou
nas mãos de Waldo, talvez seja porque você ainda tenha que
cumprir alguma coisa em sua vida!

E impávido, retornou para sua mesa, dando prosseguimento ao
trabalho de psicografia da noite.
* * *
Muitas pessoas entendem que os grandes gestos é que são importantes. Não negamos absolutamente a veracidade dessa afirmação. Grandes e nobres gestos são características de pessoas que tem grandiosidade de ideais e objetivos altruístas.
Todavia, pode-se avaliar o caráter de muitas pessoas pelos pequenos gestos.

Uma pessoa que acaba de tomar um refrigerante dentro do carro e
joga na rua a lata vazia demonstra total falta de educação e civilidade.

Não dar passagem a um pedestre, a uma pessoa idosa, a uma
gestante ou a uma pessoa portadora de necessidades especiais
demonstra, além da terrível falta de educação, a completa falta de
consciência de si mesmo e de respeito para com o próximo.

Responder aos gritos, proferir palavrões em vias públicas, sinalizar
com gestos obscenos no trânsito, destruir o bem público, emporcalhar as vias de circulação de uso comum, tudo isso demonstra também, além da falta de educação e de consciência, terríveis e lamentáveis deformidades morais.

Maltratar animais indefesos, infligir aos nossos irmãos inferiores sofrimento desnecessário, submetê-los a torturas gratuitas apenas por diversão demonstra no indivíduo que assim age, perigoso desvio de comportamento e personalidade. “Maltratar os animais é indício de mal caráter”, já dizia um ditado antigo.

Precisamos, acima de tudo, ter respeito com nosso próximo, com os mais necessitados e principalmente com nossos irmãos inferiores que são indefesos. São pequenas atitudes de respeito, até com os insetos, que demonstram a delicadeza do espírito, seu grau evolutivo e seu estado de consciência diante da criação.

Francisco de Assis respeitava o ser humano, maravilhava-se com a grandiosa obra do Criador, respeitando a natureza. Nutria carinho especial para com os animais, com os insetos, com as plantas e até com os elementos da natureza.

Seu estado de consciência e seu estado de evolução espiritual eram demonstrados a todo instante nas grandiosas atitudes altruístas do Pobrezinho de Assis, bem como nos mínimos gestos de respeito aos pequeninos seres que rastejavam pelo chão.

Chico Xavier não era diferente! Ele sempre nutriu sentimento de amor, carinho e respeito aos animais. Chico se condoía ao ver um animal maltratado ou abandonado.

Havia um formigueiro no quintal da casa onde Chico morava em Uberaba. As formigas em sua faina trabalhadora começaram a devorar as verduras e legumes da horta, que serviam para o preparo da sopa dos pobres. Os colaboradores da casa, ao verificarem o estrago que as formigas produziam, comentaram a necessidade de comprar veneno para acabar com o formigueiro.

Ao ouvir o comentário, Chico ficou pensativo e preocupado, então decidiu conversar com as formigas. Dirigiu-se à abertura do formigueiro onde as diligentes trabalhadoras entravam e saíam ininterruptamente. Observou-as penalizado. Fechou os olhos, respirou bem fundo e em seguida falou às formigas na entrada do
formigueiro:
— Minhas irmãs formigas, vocês também são criaturas de Deus
e por isso tenho por vocês o maior respeito. Vocês não sabem,
mas estão prejudicando muitas pessoas pobres, porque estão destruindo a horta que auxilia na alimentação de pessoas necessitadas!
Vocês têm que parar com isso.
Depois destas palavras, orou baixinho pelas formigas. Em seguida
resolveu dar uma sugestão ao formigueiro, dizendo:
— Por que vocês não vão para o outro lado da horta, onde tem
um terreno com muitas plantas verdes e grama, além de árvores
que a natureza colocou à disposição de todos? Lá vocês poderão
se fartar sem prejudicar ninguém! Mudem-se para lá e nos deixem
em paz, pois, caso contrário, haverá pessoas que virão com veneno
e vocês todas serão mortas!

Dizendo isso, levantou-se e retornou ao seu trabalho. Para surpresa
geral, no dia seguinte as pessoas observaram que as formigas
realmente haviam deixado o formigueiro e desaparecido.
Ficou apenas uma formiga, que Chico chamou de Subversiva!
Chico Xavier era mesmo um iluminado. 

Tinha atributos espirituais que superavam em muito seus pequenos defeitos, que ele os tinha, mas ficavam tão insignificantes diante de sua aura de amor e sensibilidade em favor dos seres humanos e dos animais.
Amor, sensibilidade, respeito, carinho, amizade, simplicidade,
humildade, trabalho, dedicação, caridade, disciplina e muita boa
vontade. 

Tudo isso se resumia em apenas um nome: Chico Xavier!
Sem endeusamento, sem culto à personalidade, sem firulas nem
rapapés, simplesmente Chico! "

Antonio Demarchi.


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