quinta-feira, 25 de maio de 2017

SEDE DE DEUS – DIVALDO FRANCO


A ciência e a tecnologia ensejaram-nos conhecer grande parte do Universo e deslumbrar-nos com a Criação. Raramente, porém, ao contemplarmos as belezas e as conquistas do conhecimento, recordamo-nos do Criador e da Sua misericórdia para com todos que fazemos parte da Sua criação.
O fascínio que nos exercem as incontáveis aquisições que nos arrebatam não foram, porém, suficientes para alterar a nossa conduta moral, liberando-nos do egoísmo, da insensatez e da presunção de grandeza que nos atribuímos. Alguns chegamos a crer que tudo isso é fruto da inteligência investigadora e necessitada de respostas para os enigmas que aturdiram as gerações transatas, deixando-nos empolgar pela vaidade que nos faz parecer verdadeiros deuses…
Em consequência, as glórias desveladas não lograram acalmar as ansiedades do coração e as necessidades da mente. Há desvarios e misérias que aumentam à nossa volta e que nos empurram aos abismos de dor e de angústias, tornando a nossa uma sociedade de solitários e atormentados.
Cultivamos os sonhos de beleza e de plenitude, nada obstante, tombamos inermes nos pesadelos da aflição e do desencanto, tornando a nossa uma situação espiritual deplorável. Felizmente, já dispomos de recursos valiosos, senão indispensáveis para a conquista dos valores éticos plenificadores.
Entre os dias 17 e 19 do corrente, em São José dos Pinhais (PR), teve lugar a série de conferências apresentadas pela Federação Espírita do Paraná. Nos imensos salões da Expotrade, em cada dia de atividades reuniram-se mais de 10 mil pessoas ávidas, sedentas de Deus.
Em noite de abertura chuvosa, com trânsito difícil e construção do acesso à cidade da grande Curitiba, o imenso auditório esteve totalmente lotado, embora o ato estivesse sendo transmitido através de rádio, Facebook, televisão e outros veículos da mídia, havendo sido acompanhado por mais de 100 mil pessoas em todo o mundo.
Nos dois dias sucessivos até o domingo, por ocasião do seu encerramento, o público esteve ávido, presente, ora emocionado, ora em sorrisos largos de felicidade, numa gigantesca confraternização entre pessoas de diferentes culturas, cidades e estados, buscando compreender o sentido e significado da vida à luz do Espiritismo.
Livros, periódicos, gravações de conferências foram adquiridos com avidez, na tentativa de aprofundar-se o conhecimento em torno da Vida, da imortalidade do Espírito, das lutas e dores que se devem enfrentar no transcurso da jornada evolutiva.
A parte artística, de excelente qualidade, arrancou aplausos expressivos, sendo esse espetáculo gratuito, facultando a todos a oportunidade de diminuir a sua sede de Deus e encontrar o caminho da plenitude.
Divaldo Franco escreve quinta-feira, quinzenalmente.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 23/03/2017
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terça-feira, 16 de maio de 2017

A TEORIA DA REENCARNAÇÃO É INCOMPATÍVEL COM A CIÊNCIA?


As investigações sobre reencarnações, no meio universitário, ao que parece, tiveram no Prof. Dr. Hamendras Nat Banerjee, da Universidade de Jaipur, província de Rajastan, na Índia, o pioneiro que abriu novos caminhos às pesquisas subsequentes.

Apesar de as pesquisas nessa área, desenvolvidas por Banerjee, serem bem mais antigas, só a partir de 1954 passaram a ser melhor difundidas e consideradas nos meios universitários ou de investigação. Assim se expressou o Prof. Herculano Pires, do Instituto Paulista de Parapsicologia, 
primeira instituição científica do ramo a surgir no Brasil. A partir daquele ano, estabeleceu, o eminente indiano, uma sistemática rigorosa para documentação dos casos pesquisados.

Vários livros nos quais apresenta o resultado de seus trabalhos foram editados em inglês pela própria universidade, alcançando repercussão internacional. O número de casos que compõem o fichário de suas pesquisas já ultrapassava a 1.000, em 1974.

Uma das dificuldades naturais para que seu trabalho recebesse reconhecimento internacional esteve sempre ligada à nacionalidade indiana. Como a Índia é composta por uma população de caráter predominantemente reencarnacionista, e seu povo considerado místico, no sentido pejorativo do 
termo, ocorre, automaticamente, um preconceito científico por parte de outros grupos pertencentes a diferentes etnias.

Considerando essa situação adversa, Banerjee passou a tomar extrema cautela, por vezes excessiva, quanto às suas conclusões, quando havia oportunidade de definir a reencarnação como um fenômeno comprovado cientificamente.


Em função da tendência preconceituosa, com relação à Índia e aos indianos, sustentou sempre uma posição científica rigorosa e cautelosa, embora, em determinadas ocasiões, deixasse escapar sua tendência em, filosoficamente, admitir a reencarnação como uma hipótese lógica.


Apesar de citarmos Banerjee como pioneiro, referimonos apenas à atualidade. Não estaríamos sendo justos omitindo o trabalho vanguardeiro desenvolvido pelo Diretor do Instituto Politécnico de Paris, Cel. e Prof. Albert De Rochas, que, em 1924, lançava o livro As vidas sucessivas. Sua obra foi 
apresentada pelos editores Chacorcan Frères e Dr. J. Bjorkem, que publicaram o seu livro Hypnostika Hallucinatioverna, em Estocolmo, Suécia, em 1943.

Na Inglaterra, embora não tenha ocorrido no meio universitário, o livro This Egiptian Miracle, do Dr. F. H. Wood, provocou grande interesse, ao apresentar o caso de Rosemary, médium espontânea que falava egípcio faraônico e se recordava de uma vida longínqua. 


Ainda na Inglaterra, deveríamos citar a obra Reencarnação e Psiquiatria, escrita pelo Dr. Alexander Cânon, médico da corte britânica.
As pesquisas por hipnose, de maior vulto, tiveram como pioneiro o Dr. Albert De Rochas. A técnica utilizada por este pesquisador foi posteriormente desenvolvida na Universidade de Moscou pelo Dr. Raikov.

A expressão “Reencarnações Sugestivas” é típica dos trabalhos de Raikov, que chegou a obter conclusões muito semelhantes ao seu colega norte-americano, Professor Dr. Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia, o qual executou, com surpreendente desenvoltura, diversos trabalhos de pesquisa.


Este professor, além de tornar-se catedrático em psiquiatria e neurologia, desenvolveu importantes estudos de parapsicologia na Faculdade de Medicina daquela universidade.


De autoria do Dr. Stevenson, o livro Twenty Cases Sugestive of Reencarnation, que foi traduzido para o português com o título correspondente a 20 Casos Sugestivos de Reencarnação, apresenta uma investigação detalhada de duas dezenas de casos escolhidos do seu arquivo universitário que, na época, já continha 600 casos. 

Posteriormente, ampliou-se para mais de 2.000 casos devidamente documentados. Banerjee e Stevenson não seguem o método de Albert De Rochas, que optou pela regressão de memória em seus 
pacientes utilizando técnicas hipnóticas. Tanto o investigador norte-americano como o indiano preferem o exame dos relatos espontâneos de lembranças de vidas anteriores reveladas por crianças.

Conforme esses dois cientistas, os casos espontâneos têm a vantagem da naturalidade, enquanto o processo de regressão de memória pela hipnose é artificial e o mais criticável pelos adversários das pesquisas que atribuem as informações às fantasias dos inconscientes.


Na realidade, os dois métodos de investigação científica, regressão de memória e recordações espontâneas, são complementares; ambos podendo oferecer resultados positivos 
na comprovação das vidas sucessivas. 
De Rochas, Banerjee e Stevenson atuaram de forma
similar ao optarem pela documentação objetiva das lembranças nos locais, meio social e familiar em que teria vivido a personalidade anterior, que agora aparece como reencarnada.

Essa documentação, resultando em conclusões positivas, é mais significativa quando o reencarnado desconhece peculiaridades do fato lembrado; por exemplo, uma criança que se recorde de uma vida anterior na Estônia, em detalhes, sem jamais ter ouvido falar desse país. 


Da mesma forma, quanto mais estranhos sejam aos familiares atuais do reencarnado 
os locais, as pessoas e os costumes de sua vida anterior, mais expressivas se tornam essas recordações.

Tanto na Universidade de Virgínia, como em Jaipur, os investigadores acrescentam técnicas modernas de comparação tipológica, seja de natureza psicológica, como biofisiológica. Banerjee e Stevenson utilizaram as chamadas fichas tipológicas comparativas nos casos de reencarnações recentes, 
especialmente em meios afins, por exemplo, mesma nação, no mesmo meio familiar ou em famílias que se achavam interligadas por vínculos de amizade. 

Nos casos (raros) de reencarnações de personalidades que deixaram registros históricos, ou mesmo na tradição popular, também foi possível efetuar a mesma técnica.


Stevenson, seguindo tentativas anteriores de Ducasse e Lodge, deu grande relevância aos padrões culturais que podem ser confrontados entre as personalidades, mesmo porque a nova vida é uma continuação natural da anterior, apesar dos reencarnados se encontrarem muitas vezes em

meios sociais diversos do seu passado.

Quando ocorrem demonstrações claras e evidentes de habilidades que o reencarnado não pode ter adquirido na vida atual e que o identificam com a personalidade anterior, são aspectos igualmente computados por Stevenson.


Nos padrões biológicos, valorizam-se sinais de nascimento e os defeitos físicos que podem correlacionar, em princípio, a personalidade atual com a personalidade anterior.

Em diversas oportunidades, há um fator ponderável que é também considerado: o aviso da reencarnação, que por analogia aos conceitos de determinadas religiões, podem ser
rotulados como uma verdadeira “anunciação”. Assim como Maria, mãe de Jesus, teve a “anunciação” do nascimento do seu Filho por um “anjo”.

As anunciações, evidentemente menos significativas que a de Jesus, porém igualmente verdadeiras, quando ocorrem no meio familiar, passam a ser mais um elemento para

investigação no caso em estudo.

Em diversos relatos, o súbito reconhecimento pelo reencarnado de locais em que vivera e de pessoas com as quais convivera, desde que seguidos de outros indícios significativos, foram fatores igualmente considerados pelos investigadores.


Simpatias ou antipatias extremamente acentuadas e sem motivos imediatos entre pessoas, desde que associados a outros dados de recordações espontâneas de vidas pretéritas, podem se constituir em novos elementos de investigação no contexto dos fenômenos apresentados pelos indivíduos

pesquisados.

No Brasil, como em inúmeros países, desenvolvem-se pesquisas bem estruturadas a respeito da reencarnação. As mais conhecidas iniciaram no IBPP – Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas. O IBPP foi dirigido e orientado pelo engenheiro Hernani Guimarães de Andrade, o qual publicou diversas monografias de casos, por ele próprio e sua equipe, detalhadamente investigados. À medida que seus casos se avolumaram, passou das monografias para as obras de maior consistência, sendo a mais expressiva, no gênero, Reencarnação no Brasil, prefaciada pelo conferencista espírita Freitas Nobre, também escritor na área dos fenômenos transcendentais.

Nessa obra, o autor relata oito casos que sugerem reencarnação. Trata-se de um trabalho expresso em linguagem acessível, de forma descritiva e, portanto, facilmente compreensível por qualquer leitor. Apesar da simplicidade, mantém absoluto rigor científico revelando um caráter de seriedade e
autenticidade marcantes.

Os casos narrados em seu livro, além de reais, estão respaldados por exuberante documentação científica coletada dos arquivos do IBPP. Embora sejam pessoas da vida real, os protagonistas foram resguardados por pseudônimos. Os oito casos são dissecados de tal forma nas quase 400 páginas que dificilmente deixam de contentar ao mais exigente leitor, desde que este não seja absolutamente refratário ao estudo e à pesquisa nessa área do conhecimento.


Hipóteses diversas são levantadas pelo autor, tais como memória genética, incorporação mediúnica, fraude deliberada, fraude inconsciente, telepatia, percepção extrassensorial, criptomnésia e outras; concluindo, então, ser a reencarnação a única hipótese que, naqueles casos, responderia a todas as

questões. 

Dr. Hernani, mantendo extremo rigor científico, elabora conclusões, como esta:

Tendo em vista todas as razões expostas na precedente discussão destes casos, somos de opinião que há evidências suficientes para serem enquadrados como fatos que sugerem reencarnação. Salvo possíveis futuras explicações mais abrangentes, a hipótese da reencarnação é a que melhor se aplica, até agora. São inúmeros os pesquisadores, tanto ligados às universidades, como outros situados além dos muros rígidos do academicismo tradicional, que investigam cientificamente a reencarnação e têm concluído de forma favorável à hipótese do renascimento.

Capítulo extraído do livro "A Reencarnação em Xeque" do autor e 
doutor homeopata Ricardo Di Bernardi.

       
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segunda-feira, 15 de maio de 2017

UMA CONEXÃO DE PAZ - DIVALDO FRANCO


Após atender aos compromissos doutrinários em Paris, enquanto aguardava o carro que o levaria ao hotel, Divaldo Pereira Franco, juntamente com alguns amigos, foi surpreendido com a aproximação de um monge tibetano, que ao avistá-lo na rua, dirigiu-se diretamente a ele, saudando-o com muito entusiasmo, no que foi correspondido. Divaldo perguntou ao monge o motivo da aproximação, este respondeu-lhe que atendia à uma voz interior que o concitava a abraçá-lo, pois é um homem de Deus. Trocaram abraços e saudações. O fato ensejou à Divaldo refletir: Vale a pena amar.
Na manhã de 12 de maio, sexta-feira, Divaldo desembarcou em Dublin, na Irlanda, enfrentando o frio e a chuva que o saudaram para mais um compromisso doutrinário nas dependências do Clayton Hotels. Com o tema: Vida, Desafios e Soluções, Divaldo explanou-o durante três horas para um público jovem de 250 pessoas.
Como normalmente faz, Divaldo embasou a temática acerca da vida, citando filósofos da antiguidade, como Sócrates e Platão, e cientistas da atualidade como o físico austríaco Fritjof Capra, (1939-), aprofundando-se na figura incomparável de Jesus, um vulto inquietador do ponto de vista religioso, filosófico e sociológico. Referindo à uma pergunta que Alan Kardec fez aos Espíritos da codificação sobre o ser mais perfeito que já estivera no planeta, obteve a mais curta resposta contida em O Livro dos Espíritos:Vede Jesus.
Afinal, questionou Divaldo, o que é a felicidade? Respondendo, esclareceu dizendo que o amor é a mais segura entre todas as filosofias para a felicidade. O bom não é ser amado, mas é amar, pois quando amamos, produzimos várias substâncias que nos dão felicidade. Devemos dar à vida um pouco de alegria, bem-viver, estar num estado de felicidade interior. Todo o impossível é possível quando nós queremos.
A Doutrina Espírita nos diz que somos aquilo que fizemos de nós, temos a vida que pensamos. Pense na infelicidade e ficará triste, pense na alegria e vencerás o mundo.
Narrando algumas vivências suas, nosso querido orador trouxe, como sempre, a Doutrina Espírita de forma simples, porém cristalina, mostrando o caminho, à nós outros, que buscamos conhecê-la. É uma doutrina de luz, que a todos concede o esclarecimento e o consolo. Embasado em sua ampla experiência e esforçando-se em trilhar os caminhos de Jesus, Divaldo Franco vem espalhando a alegria de viver, peregrinando ao longo de setenta anos, percorrendo 72 países semeando a palavra e o exemplo cristão.
Viver, concluiu Divaldo, é um desafio para todos nós, e todo desafio nos ajuda á crescer. Se nos amarmos, atingiremos a plenitude, pois Deus é amor. Sejamos felizes hoje, agora, porque o Reino de Deus está dentro do nosso coração.
Divaldo, com seu carinho e ternura, típico das almas que já possuem muitas cicatrizes invisíveis por servirem ao Cristo, foi aplaudido de pé pelo público emocionado.
Texto e fotos: Ênio Medeiros