INSENSIBILIDADE
E ZUMBIS
Rotineiramente
me encontro envolvido com as atividades de socorro e amparo a crianças e jovens
que voltam da Terra para o mundo espiritual.
Não
é novidade que em sua grande maioria eles chegam aqui totalmente aturdidos e
perturbados, sem qualquer noção a respeito da continuidade da vida.
Nos
desdobramos de maneira a auxiliar nessa transição, que por si só na maioria das
vezes é brusca.
São
tantos os que não demonstram qualquer reação, mesmo quando são recebidos por
parentes que os precederam na viagem de volta ao mundo espiritual.
Registramos
de maneira a lamentar, a indiferença que acomete muitos corações em trânsito
entre os dois planos da vida.
Muitos
jovens assemelham-se aos famosos “zumbis” que o cinema retrata, e que uma vida
de desamor cria.
Eles
não reagem às manifestações de carinho, não registram as demonstrações de
afeto, e hipnotizados pela indiferença experimentam estados de apatia
letárgica.
O
amor, assim como outros sentimentos nobres, deve ser exercitado. A alma foi
criada por Deus, que é amor, para amar.
O
mergulho na carne, na experiência das vidas sucessivas, que tem como propósito
a evolução dos espíritos tem tragado continuadamente muitos jovens para a vala
da indiferença pela ausência de uma educação.
Os
lares se encontram fragilizados, à mercê dos modismos que sequestram a
identidade psicológica em formação.
O
mundo infantojuvenil se encontra sitiado por hábeis processos de manipulação
mental direcionados a crianças e jovens, a fim de manter os usos e costumes
consumistas.
O
coração pequenino enregela-se tornando-se refratário às mensagens de amor, que
propõe o desenvolvimento da alma em direção a Deus.
Nossas
palavras têm o desejo de alertar a todos os educadores sobre o grave momento
desses tempos de transição.
Em
visita a muitos lares para trabalho de socorro e esclarecimento, já encontramos
crianças dividindo o copo com os pais em conúbio vicioso. É a instalação
gradual do reino da indiferença.
Os
valores dando lugar ao desvalor, e os processos mórbidos se instalando nas
almas infantis.
Ao
lado da glamorização da rebeldia sem sentido, da destruição dos valores
familiares que corrompem a sociedade moderna, uma geração de “zumbis” está nascendo.
Eles
se alimentam do gozo, são escravos do hedonismo, não se recordam de Jesus.
Muitos
religiosos são os responsáveis pelo apartamento de crianças e jovens da
mensagem cristã, pois ao apresentarem a mensagem do Cristo, transformam-na em instrumento
de segregação.
O
jovem não consegue coadunar seus sentimentos e desejos com um projeto de vida
que lhe roube o tesouro da juventude.
Cabe
a nós outros, mesmo dentro das limitações que nos caracterizam, envidar
esforços para apresentar Jesus em sua essência libertadora para a juventude.
O
reino da indiferença que se ergue deve ser substituído pelo mundo da compaixão
e do amor.
O
escândalo já está acontecendo. E sua necessidade foi predita por Jesus, mas a
situação atual não pode servir para imobilizar os corações de boa vontade.
A
insensibilidade, que gera a indiferença, tem na caridade o antidoto para
combater esse mal.
A
indiferença da falta de tempo é assimilada por crianças e jovens a partir do
próprio lar.
A
indiferença e o desinteresse pelo que os filhos fazem na calada da noite, pelos
programas que assistem na TV, pelo mundo virtual em que transitam, pelas
companhias em que andam nas baladas, certamente faz nascer e crescer esse
sentimento nos corações mais fragilizados e destituídos de valores cristãos.
Unamos
nossos esforços para que crianças e jovens tenham despertados em seus corações
o sentimento do bom Samaritano, para que possam se importar pela dor e
sofrimento do outro.
Cabe-nos
trabalhar na educação cristã ensejando desenvolver o senso de caridade na
intimidade de cada ser.
Que
Jesus, o excelso educador, nos inspire.
Ivan
de Albuquerque
Mensagem
recebida pelo médium Adeilson Salles.
Dezembro/2016
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