Reproduzimos aqui algumas de suas respostas esclarecedoras a respeito do tema.
Ciúme é motivo de separação, de divórcio e de muita briga entre
os casais. Isso é normal ou é uma doença?
Somente
através do amor curamos o ciúme. As pessoas costumam dizer: “Em todo amor
sempre há uma pouco de ciúme!” É lindo, mas não é verdadeiro. Ciúme é um
fenômeno psicológico de insegurança. Quando falta autoestima, a pessoa não
acredita que alguém seja capaz de amá-la. Quando alguém a ama, ela duvida. E
fica sempre com medo de perder, porque acha que não merece. A insegurança
emocional gera o ciúme. Se estiver com uma pessoa mais bonita do que ela, se
der mais atenção a outrem, logo pensa que a que vai perder, porque não está em
condições de ser amada por quem está ao seu lado. É um conflito de
insegurança psicológica.
Quando
alguém dispuser-se a amar, creia no amor, entregue-se-lhe. Se aparecer outro,
que gere traição, o problema não é seu. Se ele – o outro indivíduo, homem ou
mulher – o abandonar, pior para ele e não para você. Porque, aquele que
abandona, é que se faz infeliz. Não é o abandonado. Assim mesmo continue
amando.
As
pessoas de natureza instável, amadas ou não, assim continuarão, porque são
doentes, portadoras de comportamentos mórbidos. Não são dignas de ser amadas,
apesar disso, cumpre-nos amá-las. Viver com ciúme, vigiar, estar com os olhos
para lá e para cá, torna-se um infortúnio, porque é sempre uma inquietação,
aguardando alguns momentos de prazer. O amor legítimo confia. Quando não há
essa tranquilidade, não é amor, mas sim desejo de posse, tormento. É um desvio
de comportamento afetivo.
Toda
vez que confiamos no outro, recebemos resposta equivalente, com as exceções
compreensíveis. Toda vez que vigiamos o ser amado, na primeira brecha que lhe
surge, quase sempre tomba no desvio... Isto porque ninguém pode amar vigiado,
escravizado, perseguido, controlado. O amor é uma bênção, não um castigo, não
uma forma de manipulação do outro.
Há um
caso, um pouco engraçado, mas que ilustra essa situação. O homem, quando
chegava ao escritório, telefonava para a esposa: “Bem, já cheguei...” Momentos
após, novamente: “Meu bem, estou saindo para o lanche...” Mais tarde, outra
vez: “Meu bem, estou voltando do lanche...” Por fim: “Agora estou voltando para
casa”.
A
esposa, que era muito ciumenta, retribuía: “Estou de saída para as
compras... Eu voltei das compras...”
Esse
era um casal profundamente infeliz. Mas ele morreu. No velório, entraram uma
senhora e uma criança, que se debruçaram sobre o caixão e choraram
demoradamente.
A
viúva, sensibilizada, perguntou a razão do seu pranto, sendo esclarecida que a
criança era filha do desencarnado, que mantinha um romance com ela.
Surpreendida
demasiadamente, perguntou com angústia:
─
Quando ele a visitava?!
E a
resposta foi imediata: “Na hora do lanche”.
Ninguém
vigia os sentimentos dos outros. Os sentimentos devem ser honrados com a
confiança. Se o outro a deslustra, torna-se-lhe um problema. Daí o ciúme ser insegurança.
Pratique sua autoestima quando for amado por alguém. Todos nós temos conflitos
e inseguranças, posto que ainda somos humanos.
Quando
algum confrade chega até mim e diz, por exemplo: “Eu estava doente e fiquei
bom, mas não mereço”. Eu respondo: “Merece, sem dúvida”. Se a pessoa insiste em
afirmar que não é credora desse merecimento em aparente humildade, sou
constrangido a informar: “Se você recebeu essa concessão do Senhor e não a
merece, Ele está sendo injusto em relação aos demais enfermos!”.
Nessa
recuperação, Deus está lhe proporcionando uma chance, está-lhe concedendo
misericórdia.
Eu,
quando experimento qualquer bênção, sempre digo: “Graças a Deus! Eu já mereço a
compaixão dos Céus”. E esforço-me para corresponder com o possível ao meu alcance.
Devemos
ter senso para medir nossos valores. Eu não espero que uma pessoa me diga que
eu estou bem para ficar bem. Eu estou bem porque me sinto em harmonia.
Algumas
pessoas são capazes de fazer observações negativas que nos podem influenciar.
Nesses casos, a atitude só pode ser a mesma: buscar a autoestima. Se alguém me
diz: “Estou achando-o muito mal”, eu
respondo com delicadeza: “É, você está achando, mas não estou assim.
Encontro-me muito bem!”.
Não nos deixemos conduzir com as opiniões diversificadas das
demais pessoas. É indispensável alcançar a autoconsciência. Então,
mantenhamos a autoestima. Esse comportamento é salutar, agradável.
Por outro lado, evite aceitar a falsa compaixão, quando alguém
lhe disser: “Coitado!”.
Desperte
sempre amor, e não compaixão. Para o ciúme, portanto, o melhor medicamento é
amar mais e sempre.
Desde
já, mudemos a nossa paisagem interna da mesquinhez para adquirirmos esse estado
de plenitude chamado confiança.
Maravilhoso muito esclarecedor. Gratidão!
ResponderExcluirDivaldo educando almas para uma humanidade melhor.
ResponderExcluirFernando Oveira
ResponderExcluirPerfeito seu comentario.