TACA EDUCAÇÃO, DEPOIS TACA LIVROS E RETIRA DAS RUAS
O que um pai pensa ao ouvir uma música (Uma surubinha de leve - título da música), se podemos chamar de música, uma verdadeira apologia ao estupro e a violência contra a mulher.
Para compor uma letra chamada, "Taca bebida, depois taca a pica e abandona na rua", o compositor talvez não valorize a própria mãe, e também não deve pensar em sua irmã (se tiver).
Na verdade, o propósito desse tipo de arte é chocar, e ganhar dinheiro as custas da exaltação da promiscuidade e da cultura de outros vícios.
Minhas palavras não nascem de um sentimento puritanista, pois não sou puritano, elas surgem em minha mente num misto de revolta e tristeza.
É esse tipo de sociedade que está sendo construída pela ausência de um projeto educativo sério, que contemple primeiramente a valorização da criatura humana no âmbito ético moral e também intelectual.
Todos os dias temos notícias de mulheres que são assassinadas pela cultura machista, quase tribal, de grande parte dos homens brasileiros.
Eu gostaria muito de saber a opinião da mãe do compositor dessa "música", que certamente irá vitimar muitas jovens pelo país afora.
Caso ela se orgulhe da produção musical do seu filho, a questão é ainda mais grave.
Não podemos assistir escandalizados, ficar omissos diante dessa agressão que as mulheres sofrem rotineiramente, não podemos aceitar a banalização do mal.
Muitos vão me criticar, porque virão com o discurso de que tudo isso faz parte de um planeta de provas e expiações e blá blá blá...
Essas alegações em minha opinião, resvalam na omissão.
Faço parte dessa sociedade, estou vivendo esses dias e tenho obrigação, como alguém que escreve para adultos, jovens e crianças de me solidarizar com todas as mulheres que são assediadas, violentadas e mortas em nosso país.
Sugiro ao "compositor" dessa perola da cultura nacional que ele componha uma música com o título:
"TACA EDUCAÇÃO, DEPOIS TACA LIVROS E RETIRA DAS RUAS"
Minha solidariedade a estudante paraibana Yasmin Formiga.
Adeilson Salles (autor e palestrante)
Estudante Yasmin Formiga faz protesto contra funk de
Mc Diguinho.
(Foto: Yasmin Formiga/Arquivo Pessoal)
Sua música ajuda para que as raízes da cultura do estupro se estendam”. Foi assim que a paraibana Yasmin Formiga começou uma manifestação nas redes sociais contra o funk “Só surubinha de leve”, de Mc Diguinho. Segundo a estudante de Artes Visuais, de 20 anos, a música faz apologia ao estupro. Por Dani Fechine, G1 PB
Parabéns por se manifestar, o momento é grave e estamos separando o joio e o trigo, momento de aferição, de reflexão e de abraçar tudo o que na humanidade está sendo feito de bom de positivo e de posicionar-se contra aquilo que consideramos o mal, o que não podemos mais compactuar, venha de onde vier. Nesse sentido, deixo aqui um link de uma resposta que também deram, aliás muito inspirada, também de duas meninas, artistas, bonitas e que considero um bom trabalho, ao encontro do que pregamos e o seu post: https://www.youtube.com/watch?v=nIAhupbZW2Q&feature=youtu.be - vale a pena ouvir até o fim, pois o começo é só a introdução do tema.
ResponderExcluirE que venha a nova geração!
ResponderExcluirhttps://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/dar-um-basta-diz-paraibana-que-viralizou-protesto-contra-funk-so-surubinha-de-leve.ghtml?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=g1
Que tristeza ver a nossa cultura indo pelo ralo.a consciência de um jovem é formado na infância,quando ele aprende o respeito e dignidade
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