quinta-feira, 18 de outubro de 2018

SEPARAÇÕES. Não é o sexo que irá manter o casamento, pois que é parte do relacionamento.




Fundamentamos nossa felicidade nas ações
alheias, com isso, estamos sempre correndo o
risco de nos decepcionarmos. As separações
frustram pelos sonhos acalentados, mas que não
foram vividos. Sofre-se muito pelo que se deixou
de viver e ficou pelo caminho.

O autor

Ninguém se casa para a posterior separação. Masaharu Taniguchi, líder religioso japonês, afirma: Se você quer ser feliz, não se case, mas se você deseja fazer alguém feliz, case-se! A concepção de felicidade para a maioria das pessoas ainda expressa um conceito egoístico, pois todos sempre afirmam: Vou me casar para ser feliz! Quando queremos ser felizes outorgamos à (ao) nossa (o) esposa (o) a responsabilidade por nos fazer feliz, mas quando buscamos dentro da relação fazer o outro feliz passamos a compreender que a ação de amar por si mesma já nos banha em felicidade.

Somos felizes à medida que fazemos o outro feliz. Nesses dias, os casamentos acontecem para uma parcela de pessoas por variadas conveniências, e o amor é deixado de lado, pois se confunde com interesses.

Mas, toda relação que termina em sofrimento sempre atinge o lado mais sensível, e infelizmente algumas pessoas chegam a entrar em profunda depressão.

Mesmo que a separação seja consensual, existe uma carga psicológica negativa a ser absorvida pelas pessoas no momento do rompimento definitivo. E são muitos os casos de transtornos emocionais e crises de pânico em que a pessoa enferma não consegue lidar com o fim do relacionamento.

Outro dia ouvi a seguinte frase do grande escritor e pedagogo Ruben Alves:

Quando conhecemos alguém e decidimos partilhar a vida com a pessoa eleita, devemos nos indagar: Será que eu terei prazer em conversar com ela(e) até o fim dos meus dias?

Os relacionamentos devem ter por base o diálogo, porque não existe nada mais especial do que se conversar com quem se ama. Não é o sexo que irá manter um casamento, pois que é parte do relacionamento, mas a estrutura de uma relação que consiste no diálogo.

Nada nem ninguém nos pertence aqui na Terra.

O importante é agirmos sempre com a honestidade que nos garantirá harmonia e serenidade.

Se a separação ocorreu por traição ou outra atitude infantil, o importante é que tenhamos feito o nosso melhor, que não sejamos nós os que enganam e iludem, pois somos responsáveis por tudo que cativamos, de bom e de ruim na vida das pessoas.

Em caso de rompimento, é natural experimentar a tristeza e certa frustração, mas não se esqueça que relacionamentos são feitos por duas pessoas, e cada uma tem sua parcela de responsabilidade pelo êxito ou pelo equívoco. Evite alimentar a tristeza, pois amargura intensamente cultivada é prenúncio de enfermidade emocional à espreita. 


“O que é o amor?”

Numa sala de aula, havia várias crianças. Quando uma delas perguntou à professora: – Professora, o que é o amor?

A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.

As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse:
– Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.

A primeira criança disse: – Eu trouxe esta flor, não é linda?

A segunda criança falou: – Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção.

A terceira criança completou: – Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?

E assim as crianças foram se colocando. Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.
A professora se dirigiu a ela e perguntou: – Meu bem, por que você nada trouxe?
E a criança timidamente respondeu:
– Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume. Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo.

– Vi também a borboleta, leve, colorida. Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la.

– Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho.
– Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho.
– Como posso mostrar o que trouxe?
A professora agradeceu a criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só
podemos trazer o amor no coração.
“Histórias para sua Criança Interior” (Eliane de Araújo)

Texto do livro "INIMIGO ÍNTIMO" do autor Adeilson Salles.

 Inimigo ìntimo

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