Antigamente se dizia que o espírita que não se
interessa pela leitura revela um sinal de que pode estar em má companhia
espiritual. Há um fundo de verdade nesse pensamento, se considerarmos os
benefícios que a leitura de um livro espírita propicia. Esclarecimento que
liberta, consolo para a alma, suporte nos momentos difíceis, são luzes que
emanam de suas páginas e nos banham a alma, elevando nossa vibração a um nível
em que as más influências encontram dificuldade em alcançar.
É quase impossível conceber o Espiritismo sem o
livro espírita, porque foi através da escrita que o labor silencioso e
incansável do mestre de Lion, Allan Kardec, se revelou ao mundo e estabeleceu as
bases da revelação dos espíritos sobre o maravilhoso desenrolar das existências
no processo evolutivo da humanidade; foi onde Leon Denis, transbordando poesia
em sua inspirada dissertação, enalteceu as potencialidades do ser humano como
criação de um Deus perfeito em bondade e amor. Foi também nas páginas de um
livro que André Luiz esculpiu as formas seguras de sua redenção, revelando
detalhes de um mundo invisível cheio de surpresas; que Joana De Ângelis caminhou
pelos escaninhos da alma para desvelar suas ilusões e acender a luz do
evangelho sobre seus conflitos psicológicos; que Emmanuel transportou o bálsamo
de suas mensagens para aliviar as feridas de tantos corações.
E para que a mensagem pudesse ser compreendida em
sua forma prática e percebida dentro da vida cotidiana em qualquer tempo e
tradição cultural, o Espiritismo adotou também a forma romanceada em sua divulgação.
Com uma infinidade de títulos disponíveis, os romances espíritas encantam e
esclarecem, inserindo o leitor, ou o estudante da doutrina espírita, em
realidades com as quais ele se identifica, num processo gradativo e
imperceptível de autoconhecimento.
Independente da forma de sua apresentação, após a
leitura de um livro espírita, o resultado se expressa de forma invariável: trasformação.
Não somos mais os mesmos que éramos antes de virar suas primeiras páginas, e
nem conseguimos mais olhar o mundo da mesma forma. Incidir nos mesmos erros que
antes passa a ser uma escolha, porque as pedras do caminho se mostram mais
evidentes e possíveis de evitar.
Roberto Cabral
Publicou, pela Intelítera Editora, o Best Seller O Violinista de Veneza.
Artigo publicado na
Revista Cristã de Espiritismo, edição 136. Para adquirir essa e outras edições,
acesse o link:
http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_virtuemart&Itemid=115
Concordo plenamente, depois que conhecer este caminho posso dizer:Eu era cego e agora vejo.
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