segunda-feira, 9 de março de 2015

Diga-me o que lês e eu te direi com quem andas



Antigamente se dizia que o espírita que não se interessa pela leitura revela um sinal de que pode estar em má companhia espiritual. Há um fundo de verdade nesse pensamento, se considerarmos os benefícios que a leitura de um livro espírita propicia. Esclarecimento que liberta, consolo para a alma, suporte nos momentos difíceis, são luzes que emanam de suas páginas e nos banham a alma, elevando nossa vibração a um nível em que as más influências encontram dificuldade em alcançar.

É quase impossível conceber o Espiritismo sem o livro espírita, porque foi através da escrita que o labor silencioso e incansável do mestre de Lion, Allan Kardec, se revelou ao mundo e estabeleceu as bases da revelação dos espíritos sobre o maravilhoso desenrolar das existências no processo evolutivo da humanidade; foi onde Leon Denis, transbordando poesia em sua inspirada dissertação, enalteceu as potencialidades do ser humano como criação de um Deus perfeito em bondade e amor. Foi também nas páginas de um livro que André Luiz esculpiu as formas seguras de sua redenção, revelando detalhes de um mundo invisível cheio de surpresas; que Joana De Ângelis caminhou pelos escaninhos da alma para desvelar suas ilusões e acender a luz do evangelho sobre seus conflitos psicológicos; que Emmanuel transportou o bálsamo de suas mensagens para aliviar as feridas de tantos corações.

E para que a mensagem pudesse ser compreendida em sua forma prática e percebida dentro da vida cotidiana em qualquer tempo e tradição cultural, o Espiritismo adotou também a forma romanceada em sua divulgação. Com uma infinidade de títulos disponíveis, os romances espíritas encantam e esclarecem, inserindo o leitor, ou o estudante da doutrina espírita, em realidades com as quais ele se identifica, num processo gradativo e imperceptível de autoconhecimento.

Independente da forma de sua apresentação, após a leitura de um livro espírita, o resultado se expressa de forma invariável: trasformação. Não somos mais os mesmos que éramos antes de virar suas primeiras páginas, e nem conseguimos mais olhar o mundo da mesma forma. Incidir nos mesmos erros que antes passa a ser uma escolha, porque as pedras do caminho se mostram mais evidentes e possíveis de evitar.

Assim entendido, na próxima vez que você observar um irmão desfrutando da leitura de um livro espírita, você pode concluir sem receio de se enganar: ele certamente está em muito boa companhia.

Roberto Cabral 

Publicou, pela Intelítera Editora, o Best Seller O Violinista de Veneza.




Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 136. Para adquirir essa e outras edições, acesse o link: http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_virtuemart&Itemid=115

Um comentário:

  1. Concordo plenamente, depois que conhecer este caminho posso dizer:Eu era cego e agora vejo.

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