Nesses
dias em que a mídia influencia de maneira contundente a formação de jovens e
crianças, educar, mais do que nunca, tornou-se um grande desafio.
Os pais saem para trabalhar, e as
crianças ficam tempo demais expostas às informações, nem sempre adequadas, que
fomentam o consumismo e a falta de valores éticos.
A escassez de referências positivas
para o público infantojuvenil é perturbadora.
Grande parte dos pais perde-se nas
dificuldades de lidar com filhos muito inteligentes no aspecto intelectual, mas
absolutamente frágeis em valores espirituais.
O sentido da vida é fundamentado nos
prazeres e ilusões de toda ordem.
Os conflitos psicológicos
manifestam-se como verdadeira pandemia gerada pela ignorância do real objetivo
da existência.
A permissividade liberada anuncia o
fracasso de uma geração de educadores que não têm força moral junto aos filhos
para dizer um simples “não”.
Nos dias de hoje, a maior
preocupação dos pais é a formação acadêmica dos filhos, nada mais justo, mas
será que o diploma universitário é garantia de felicidade?
Testemunhamos, diariamente, as mais
desagradáveis situações em que suicídios acontecem entre médicos, cientistas,
advogados e até mesmo entre psicólogos, o que evidencia o vazio existencial da
criatura humana.
A formação intelectual é importante,
todavia, não garante a tão propalada felicidade.
O Espiritismo chegou ao mundo tal
qual o Consolador prometido por Jesus, não para propor a salvação, mas como a
maior proposta de educação para o espírito imortal.
A Doutrina Espírita vem propor ao
homem moderno a educação dos seus sentimentos, o conhecimento de si mesmo.
Há muitos séculos, o espírito
encarna e desencarna, carregando em si a falsa ideia de culpa ínsita em seu
psiquismo, pelas teologias dominantes.
O Consolador prometido veio pôr fim à
culpa e instaurar a era da responsabilidade; não existem culpados, porém, somos
todos responsáveis.
O véu da ignorância foi rompido, e a
educação moderna necessita das lentes novas, aquelas que contemplam o ser
integral.
Sob as luzes do Espiritismo, um pai
não pode mais enxergar o filho pela idade cronológica de seu corpo físico.
Um filho, educado dentro da proposta
pedagógica espírita, terá nova compreensão do que representa uma família.
A formação acadêmica seguirá com seu
justo valor, mas a educação espiritual é aquela que dá sentido à vida, aquela
que oferece a base sólida na qual os profissionais de amanhã sedimentarão seus
labores.
Inteligência sem moral é força sem
direção.
Necessitamos de duas asas para
migrar em direção ao horizonte da nossa redenção – a asa espiritual, que dá
formação cristã e direcionamento ao nosso voo, e a asa da intelectualidade, que
nos sustenta nos voos migratórios pelo mundo material.
O Espiritismo, pedagogicamente
adequado às nossas crianças e jovens, é profilaxia contra o suicídio e os
vícios.
Na resposta à questão 914 de O Livro dos Espíritos, o Espírito da Verdade
nos esclarece acerca da importância do conhecimento das verdades espirituais:
Estando o egoísmo fundado no interesse pessoal, parece difícil extirpá-lo inteiramente do coração do homem. Chegaremos a isso? — À medida que os homens se esclarecem sobre as coisas espirituais, dão menos valor às materiais; em seguida, é necessário reformar as instituições humanas, que o entretêm e excitam. Isso depende da educação.
Educar é sinônimo de amar!
Quando a luz da realidade espiritual
ilumina os escaninhos escuros da nossa ignorância, o olhar sobre a educação
nunca mais é o mesmo.
Um filho não é um corpo.
Um corpo é o uniforme escolar, que o
espírito utiliza para estudar na escola da vida.
Uma educação amorosa não é
permissiva, impõe limites, delega responsabilidades.
Educar com autoridade amorosa é não
se utilizar do autoritarismo que agride, aquele que adjetiva o filho
negativamente, que o compara ao filho dos outros.
O Espiritismo propõe a educação do
espírito imortal, consoante o evangelho de Jesus.
Crianças e jovens não aceitam a
catequização, a formatação de suas mentes, mas anseiam por uma proposta
educativa, que lhes traga limites e fomente o desabrochar das suas
potencialidades espirituais.
Em sua passagem pelo mundo, Jesus
respeitou o tempo de cada coração, não impôs o evangelho, pelo contrário,
propôs sua instauração em nossa alma pelo amadurecimento espiritual de cada um.
Educar com amor é como regar
diariamente a sementinha que irá germinar no tempo certo.
Ao educador cabe a rega sem
desânimo, e seja qual for o tempo da germinação, a semente deve encontrar
condições favoráveis para o seu crescimento.
Até que um dia a planta cresça
viçosa e dê flores e frutos perfumados, tornando o mundo mais bonito.
Educar é sinônimo de amar!
achega-te:propõe e espera; reforça se preciso, sem pressa, sem desespero - espera, vigia e sêde exemplo.Sempre: a palavra serena constroi muito mais que o palavrão e a força!
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