“O fracasso deve ser nosso professor, não nosso coveiro. Fracasso é adiamento, não derrota.” Denis Waitley
A
palavra “fracasso” adquiriu um aspecto emocional demasiadamente pesado em nossa
vida. Nos dicionários, fracasso é, em geral, definido como “mau êxito”,
“malogro”. Mas, em nossa vida emocional, fracasso parece ir muito além disso.
Para
centenas de pessoas com as quais tenho tido contato em razão de meus livros e
minhas palestras, observo que o fracasso se assemelha a uma “sentença de
morte”. Quem experimenta o fracasso se considera morto ainda estando vivo. E o
pior de tudo é que acaba providenciando o próprio enterro!
Precisamos
reconsiderar essa sensação de “quase morte” que o fracasso produz em nós. Denis
Waitley, respeitável escritor norte-americano, afirma que o fracasso não pode
ser nosso coveiro, isto é, a experiência malsucedida não pode sepultar os
nossos sonhos. Quem enterra seus sonhos morre junto com eles. Infelizmente, há
muita gente viva enterrada pelo coveiro chamado “fracasso”.
Diz
o Dr. Waitley que o fracasso deve ser o nosso professor. Ele nos mostra apenas
onde erramos, não que jamais deveremos tentar outra vez. Talvez o fracasso nos
diga assim: “Desse jeito não dá certo. Tente de outro modo. Aprimore-se, você
vai acertar da próxima vez!”
Fracasso
também não significa derrota final. Ele apenas sinaliza que, no momento, não
deu certo, por não termos feito tudo o que era preciso fazer para alcançar o
êxito esperado. A realização de nossos sonhos foi apenas adiada para o futuro,
e não cancelada definitivamente. O verdadeiro fracasso que alguém pode
experimentar é julgar-se fracassado para toda a vida. O malogro é uma
experiência passada, não um decreto para o futuro.
Quem
fracassou uma vez está muito mais preparado para a vitória do que aquele que
nunca tentou. A vitória pertence não àqueles que nunca erraram, mas àqueles que
nunca desistiram, apesar dos erros que, certamente, experimentaram. É um engano
acreditar que pessoas de sucesso são aquelas que sempre acertam na primeira
tentativa. As maiores personalidades do mundo no campo das artes e da cultura,
do comércio e da indústria também experimentaram insucessos. A diferença é que
elas não desistiram de seus sonhos e começaram de novo, com mais sabedoria e
vontade redobrada.
O
orgulho é o maior inimigo diante de nossas quedas. Ele nos dá a ilusão de que
somos infalíveis e de que sempre agimos acertadamente. Quando constatamos,
porém, que fracassamos porque somos imperfeitos, além da angustiante sensação
de decepção que isso nos causa, o orgulho fará de tudo para que não tentemos
outra vez, porque ele nos faz acreditar que, novamente, vamos nos dar mal. E
assim é que milhares de pessoas estão vivendo: não são vítimas do fracasso, são
vítimas do seu próprio orgulho! Se não mudarem, passarão o restante da vida
lamentando a queda, sem se levantarem do chão da derrota, porque temem cair
outra vez.
A
humildade é a chave que nos leva à vitória nessas ocasiões. Admitir que somos
seres em processo de evolução, que sabemos algumas coisas e desconhecemos
outras tantas, de modo que o erro faz parte desse processo, é o caminho que
fará do fracasso o tijolo do sucesso que a vida nos reserva. É preciso que não
paremos de tentar, até acertar!
Vamos
jogar o orgulho fora? Que tal irmos à luta, cantando com o Gonzaguinha esta
gostosa e animada canção?
"Eu
acredito
É
na rapaziada
Que
segue em frente
E
segura o rojão
Eu
ponho fé
É
na fé da moçada
Que
não foge da fera
E
enfrenta o leão
Eu
vou à luta
É
com essa juventude
Que
não corre da raia
A
troco de nada
Eu
vou no bloco
Dessa
mocidade
Que
não tá na saudade
E
constrói
A
manhã desejada..."
Excerto
do livro “Socorro e Solução”, de José Carlos De Lucca.
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