...Se a consciência de uma pessoa se desequilibra, o fato se torna visível e palpável na forma de sintomas corporais. Por isso é uma insensatez afirmar que o corpo está doente: só o ser humano pode estar doente; no entanto, esse ‘estar doente’ se mostra no corpo como um sintoma. (Quando uma tragédia é representada no palco, não é o palco que é trágico, mas a peça teatral!). T.Dethlefsen e Rudiger Danlke
Não trate apenas dos sintomas, tentando eliminá-los sem que a causa
da enfermidade seja também extinta. A cura real somente acontece do
interior para o exterior, do cerne para a forma transitória.
Sim, diga a seu médico que você tem dor no peito, mas diga também
que sua dor é dor de tristeza, é dor de angústia.
Conte a seu médico eu você tem azia, mas descubra o motivo pelo
qual você, com seu gênio, aumenta a produção de ácidos no
estômago.
Relate que você tem diabetes, no entanto, não se esqueça de dizer
também que não está encontrando mais doçura em sua vida e que
está muito difícil suportar o peso de suas frustrações.
Mencione que sofre de enxaqueca, todavia, confesse que padece com seu
perfeccionismo, com a autocrítica, que é muito sensível à critica
alheia e demasiadamente ansioso.
Muitos querem se curar, mas poucos estão dispostos a neutralizar em
si o ácido da calúnia, o veneno da inveja, o bacilo do pessimismo e
o câncer do egoísmo. Não querem mudar de vida. Procuram a cura do
câncer, mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa.
Pretendem a desobstrução das artérias coronárias, mas querem
continuar com o peito fechado pelo rancor e pela agressividade.
Almejam a cura de problemas oculares, todavia não retiram dos olhos
a venda do criticismo e da maledicência.
Pedem solução para a depressão, entretanto, não abrem mão do
orgulho ferido e do forte sentimento de decepção em relação a
perdas experimentadas.
Suplicam auxílio para os problemas da tireóide, mas não cuidam de
suas frustrações e ressentimentos, não levantam a voz para
expressarem suas legitimas necessidades.
Imploram a cura de um nódulo de mama, todavia, insistem em manter
bloqueada a ternura e a afetividade por conta das feridas emocionais
do passado.
Clamam pela intercessão divina, porém permanecem surdos aos gritos
de socorro que partem de pessoas muito próximas de si mesmos.
Deus nos fala através de mil modos; a enfermidade é um deles e por
certo, o principal recado que lhe chega da sabedoria divina é que
está faltando mais amor e harmonia em sua vida.
Toda cura é sempre uma autocura e o Evangelho de Jesus é a farmácia
onde encontraremos os remédios que nos curam por dentro. Há dois
mil anos esses remédios estão à nossa disposição. Quando nos
decidiremos?
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