terça-feira, 17 de outubro de 2017

REENCARNAÇÃO? HÁ ESPÍRITOS QUE NÃO A ADMITEM. - DR . RICARDO DI BERNARDI


Se rebuscarmos a vasta literatura existente sobre comunicações mediúnicas, ou ainda recorrermos diretamente aos diálogos com certos espíritos desencarnados, poderemos nos deparar com essa interessante e curiosa constatação. Realmente existem espíritos que
afirmam jamais terem vivido outras vidas físicas, além da sua recém-deixada no mundo material. Dizem que não renascerão
mais, pois tal fato “não ocorre”.

Além das referências literárias, são comuns os relatos de pessoas que conversam mediunicamente com seus entes queridos egressos recentemente do planeta e, uma vez questionados sobre a reencarnação, eles lhes são absolutamente incisivos ao afirmar desconhecerem essa hipótese.

Essas constatações, aos menos experientes, podem ser bastante perturbadoras no sentido de abalar as suas noções ainda precárias da concepção palingenésica.

Somando-se ao exposto, existem ainda determinadas comunidades espiritualistas que aceitam e convivem com o fenômeno mediúnico, mas não admitem a tese reencarnacionista em seus postulados filosóficos. No século XIX, a Inglaterra foi um exemplo clássico desse fenômeno, contrastando com os estudos desenvolvidos por Allan Kardec na vizinha França.

O condicionamento psicológico que atavicamente adquirimos pode induzir à equivocada concepção do “sagrado” quando tratamos com o mundo espiritual. Se hoje possuímos determinados conceitos filosóficos ou religiosos, ao sermos deslocados para o mundo extrafísico pela porta da morte biológica, levamos na nossa bagagem mental os conceitos adquiridos e estratificados no nosso espírito pela vivência terrestre. Por muito tempo nos aferraremos a eles se os julgamos verdadeiros.

Somente um prolongado estágio de aprendizado no mundo espiritual habilitará o ente desencarnado a se tornar um informante confiável para os que aqui permanecerem. Alguns de nós, se formos após a morte física contatados prematura e inadequadamente por médiuns despreparados, seremos também veículos dos maiores absurdos, convictos de estar sendo sinceros e verdadeiros.

Há espíritos desde os mais ignorantes, por simples primitivismo
ou falta de experiência, até os mais cultos, por intenso esforço no desenvolvimento do seu intelecto. Existem habitantes no mundo extrafísico desde os mais irresponsáveis até aqueles que irradiam luz de amor e sabedoria aos encarnados.

O intercâmbio mediúnico não é exclusividade de uma
determinada religião, filosofia ou seita. É um fenômeno universal. Assim como a percepção extrassensorial nos mais diversos matizes consegue expressão em qualquer ser humano, as ondas mentais dos desencarnados, sejam eles sábios ou zombeteiros, saudáveis ou emocionalmente enfermos, podem ser sintonizadas por qualquer sensitivo ou médium que crie o campo energético afim com eles.

O exercício da mediunidade embasado cientificamente e com finalidade exclusivamente ética permite haurir comunicações
úteis, plenas de informações substanciosas para aqueles ávidos de esclarecimentos.É de fundamental importância sabermos que as comunicações mediúnicas arbitrariamente estabelecidas (sem
os critérios recomendáveis pelos próprios espíritos superiores
e bem estudados por Kardec em O Livro dos Médiuns) não sintonizam com frequências de onda que dão acesso às
transmissões telepáticas das entidades de luz, gerando assim
informações falsas.

Sobretudo, cumpre-nos lembrar que os espíritos são simplesmente homens ou mulheres apenas livres do invólucro carnal e transitando no mundo espiritual. A condição de espírito não é suficiente por si só para que se lhes possa atribuir conhecimentos ou “poderes” especiais.
Ao entrevistarmos diversas pessoas aqui mesmo no
planeta Terra e solicitarmos que opinem sobre determinado
tema, sem dúvida ouviremos opiniões das mais desinformadas
até as mais profundas. Poderemos transpor essa experiência
do mundo físico para o plano espiritual e estabelecer
uma analogia.

Por exemplo, imagine um cidadão desinformado nos dias atuais afirmando que a Terra não gira em torno do sol, ou mesmo alguém dizendo que o homem nunca pisou na Lua; por acaso isso torna menos realidade esses fatos? No mundo espiritual pode acontecer exatamente a mesma coisa.

Quanto aos espíritos reconhecidamente cultos, inteligentes
e amorosos, são unânimes em afirmar a necessidade
de reencarnar para a evolução infinita rumo ao conhecimento
pleno das leis do Universo.

Trecho extraído do livro "A Reencarnação em Xeque" de 
Ricardo Di Bernardi.


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