Pela ótica da tese reencarnacionista, o que nesta vida estamos semeando passaremos a colher no futuro, e não só nesta existência terrena, mas também nas vidas posteriores. A responsabilidade pelos nossos atos torna-se muito maior, já que não há uma ideia salvacionista, porém uma concepção de evolução e colheita obrigatória. Não há, portanto, espaço para qualquer postura de acomodação ou preguiça.
A concepção reencarnacionista ensina que não existe "salvação", mas evolução. Não há almas "condenadas", mas transitoriamente enfermas. A mensagem cristã de que "nenhuma das ovelhas se perderá" ajusta-se plenamente à tese da pluralidade das existências dando oportunidade a que todos atinjam a felicidade. Permite atribuir facilmente a Deus a totalidade do amor e justiça.
No entanto, apesar do destino último de todas as criaturas após inúmeras reencarnações ser um destino perfeito, nós estamos sujeitos a cada momento às dolorosas consequências de nossos desatinos não extinguindo milagres salvacionistas que nos levam preguiçosamente a um paraíso, independentemente de uma vida inútil e perniciosa ao próximo.
Ricardo Di Bernardi
Texto do livro "A Reencarnação em Xeque"
Texto do livro "A Reencarnação em Xeque"
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