Você que gosta de falar "as verdades" para as pessoas ou gosta de "jogar as verdades" na cara das pessoas a pretexto de ser sempre sincera? É bom parar um pouco para pensar. De que verdade você está falando? Será mesmo a verdade do outro ou será a sua verdade? Será que você está mesmo sempre de posse da verdade?
É bom ter cuidado com isso porque quem age assim passa a ser antipatizado pelos outros, evitado e quando for ver estará só. E quando isso acontece, em vez de reconhecer o próprio erro, dirá como se fosse vítima: "ninguém gosta de quem fala a verdade". A atitude de achar que sabe sempre a verdade dos outros, de até achar que sabe o que outros estão pensando é uma ilusão perigosa que faz a pessoa cair no julgamento, na condenação e na vaidade, pois quem assim age, costuma esquecer a verdade sobre si só para lembrar a dos outros.
Não é para dizer coisas para agradar ou mentir para bajular os outros e pagar de boazinha, é para parar de julgar, centrar em si e saber calar quando é preciso. Na verdade é muito melhor calar do que dizer a "suposta verdade", pois calando nós exercemos a indulgência, que é uma virtude tão esquecida nos dias de hoje. Quando somos realmente verdadeiros aprendemos a falar a verdade com as pessoas num momento íntimo, sem ofendê-las, julgá-las ou expô-las aos outros.
A pessoa verdadeira de fato fala tudo, mas sem ferir, sempre respeitando a liberdade de ser de cada um, e só fala quando chamada a emitir opinião ou quando a amizade permite. Pense nisso e veja que verdade é essa que você anda sempre falando.
Pense em que proveito está tendo, se está realmente ajudando ou se você está apenas sendo agente da discórdia, da polêmica ou sendo usado pela própria vaidade na tentativa de esconder seus próprios erros e principalmente: analisar se aquelas verdades não servem igualmente para você. E lembramos sempre como nos ensinou Emmanuel por meio de Chico Xavier: "A verdade não é uma voz que fala, mas sim uma luz que brilha!
Maurício de Castro
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